Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

O show não pode parar

01/11/2006


Hoje é noite de Atlético na Baixada. Cada jogo, cada encontro, tem feito do torcedor atleticano um torcedor verdadeiramente realizado. Não bastassem as grandes vitórias dos últimos jogos, o Atlético está, jogo a jogo, dando show. Show de superação, show de condicionamento físico, show de táticas e estratégias, show nas arquibancadas, show de bola.

Denis Marques

Essa noite, excepcionalmente, um dos grandes personagens dos últimos dias não estará presente. Autor de verdadeiras obras primas, das mais belas que já vi na Arena, Denis Marques deixa de encantar e deixa também o torcedor atleticano com uma pontinha de saudades. Saudades de encher os olhos e o rosto de alegria quando o equilíbrio no toque de letra encontrou o outro lado do campo. Saudades quando de longe, Denis encheu o pé e encontrou a rede do time uruguaio, fazendo estremecer a Baixada e explodir o coração atleticano. Saudades da audácia, da vontade e da maestria, quando o iluminado e tão criticado Denis Marques se projetou em direção a grande área do time das vilas, driblou, driblou, driblou, encantou, brilhou, deitou, rolou e marcou. Ah, que golaço! Valeu e muito, Denis. Hoje, tenho certeza que cada olhar atleticano ainda o enxergará em campo, como se fosse um sonho, torcendo para que o atacante que ali estiver, seja Paulo, Pedro ou Marcos, agarre-se na inspiração que anda guardada na camisa 9.

Michel

Muito se fala em evolução, muito se comenta em mudanças, muitas considerações para o ataque atleticano e para o excelente e preciso goleiro Cléber, mas não posso deixar de comentar o quanto o Atlético subiu de produção a partir do momento em que deixamos de lado Ivan e Moreno, e pudemos contar com o futebol arrojado e corajoso do ala esquerda Michel. Não destaco aqui somente a precisão das bolas alçadas na área ou o chute forte do lateral que deu nova vida ao Atlético, mas destaco o perfil de Michel, provando que para se jogar no Furacão não é necessário apenas técnica e talento. É preciso que o jogador seja aguerrido, raçudo, que demonstre vontade e desejo de empurrar o time para a vitória. Isso simplesmente enlouquece o torcedor atleticano. E Michel Garbini Pereira, pelo menos para mim, já provou que é dono absoluto do manto número 6.

Compromisso

É comigo, é com você, é com todos nós, rubro-negros. A Baixada nos espera para mais uma grande festa. É noite de casa cheia, de Arena pulsando no bom ritmo do futebol atleticano. É noite de engolir o time do Eurico, é noite de alimentar ainda mais o nosso sonho rumo a mais uma Libertadores da América. Quem acredita no sonho, quem acredita no Atlético, quem acredita na magia que envolve o nosso clube, venha junto com a gente. O show não pode parar! E o melhor show dessa noite resume-se em uma palavra chamada “vitória”. Vencer, meu Furacão!


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