Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Chupa que a cana é doce

24/10/2006


O momento é dos melhores, o time tem crescido, Vadão parece ter mudado ao menos alguns de seus conceitos defensivistas e vemos um time guerreiro e indo à frente, homenageei os 10 anos da furacao.com, teremos lotação máxima e boas perspectivas para o jogo contra o Nacional pela Sul Americana, mas não seria hipócrita e nem demagogo de deixar passar a oportunidade: Dagoberto e empresários, chupem essa manga!

A arrogância, prepotência, a maneira baixa e rasteira como se comportaram desde os primeiros episódios do tal renova, não renova mostraram de que lado cada um jogou. Aliás, a torcida ficou um bom tempo atônita sem entender os porquês de cada acontecimento, sem saber em quem confiar, quem estaria certo, quem mentia, quem omitia. Bastou um tempo, as coisas sendo pouco a pouco esclarecidas que vimos quem é pró Atlético, quem é somente pró o próprio bolso.

E nada contra quem luta por melhores condições financeiras. Fernandinho, Jadson, Lucas, Adriano e Kleber por exemplo estarão felizes? Nem comparo com Kléberson, pois esse foi Campeão do Mundo pela Seleção Brasileira, daí é covardia. Aliás, vejam só, quantos craques formados no mesmo PSTC de onde veio o mimado garoto de Dois Vizinhos. Que coincidência...

Um fora de série, um jogador muito acima da média como Dago já estaria no exterior uma hora dessas se tivesse cabeça. Eu seria um que acordaria domingo pela manhã para ver suas jogadas ao lado de Robinho no Real, quem sabe dando uma assistência para Henry no Arsenal, ou comemorando um gol de Kaká pelo Milan e pensaria comigo "que massa (sem trocadilhos), esse cara era do Atlético!" Torceria sim por ele, ficaria contente pelos jogadores que vieram para suprir sua ausência e realmente torceria para sua felicidade.

Mas o caminho tomado pelo jovem, já não tão jovem assim atleta, foi diferente do que esperávamos. Querendo pular etapas, querendo ter mais majestade que o Rei, mais importância que um clube de 80 e poucos anos de história, o frágil atleta que nunca ganhou um título jogando como titular pelo rubro-negro jogou toda moral que tinha pelo ralo. Exemplos de gente assim temos aos montes e hoje só posso lamentar, principalmente por eu ter sido um dos fanáticos atleticanos que sempre cantou a plenos pulmões, que chegava a me arrepiar com o “ DAGO , DAGO DAGO DAGO DAGO, É DAGOBERTO !”

E hoje falo, de boca cheia: Dago e sua trupe, chupem que a cana é doce!


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