Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

¡Sí, Se Puede!

13/10/2006


O 12 de outubro de 2006 ficará marcado para sempre como o dia em que o Atlético eliminou o poderoso River Plate, maior campeão nacional da Argentina. Nunca um paranaense enfrentara um argentino em condições de igualdade com os hermanos. Desta vez o Furacão não somente encarou um digno representante do país vizinho como o eliminou, em uma partida eletrizante, cheia de reviravoltas e muita emoção. Mesmo não estando nenhuma vez em desvantagem, tanto em Buenos Aires como em Curitiba, o medo de ser eliminado deve ter passado pela cabeça de todos os atleticanos que estavam presentes no estádio ou fora deles, acompanhando pela TV, rádio, Internet ou por pensamentos.

O jogo teve dois tempos distintos, no primeiro o Atlético sobrou em campo, tanto física como tecnicamente. A própria imprensa Argentina destacou que os atleticanos sempre chegavam antes na bola do que os argentinos. O goleiro Cleber mal participou da primeira etapa, exceto em um chute forte de Gallardo que o obrigou a defender com o peito. Na volta do intervalo o River Plate voltou com outro espírito, disposto a recuperar a vaga que parecia perdida, passando a dominar o meio de campo e ameaçar com freqüência o gol atleticano. Por pouco não virou o placar e atrapalhou os planos rubro-negros.

Mas o dia era de Jancarlos. O bom lateral atleticano inexplicavelmente não se apresentava mais para as cobranças de falta, mesmo sendo ele o melhor cobrador do time. Nesta noite histórica ele não se intimidou, pediu a bola e marcou dois lindos gols, dignos de um jogo desta importância. No fim, como habitual, Cleber se destacou, com importantes e milagrosas defesas, garantindo a viagem à Montevidéu, para o confronto com o cada vez mais íntimo Nacional do Uruguai, de boas recordações em 2000.

O Atlético chega às quartas-de-final da Sul-Americana e já pode contabilizar mais quatro pontos no estranho ranking da Conmebol que valoriza as partidas disputadas em torneios sul-americanos e não as vitórias. A cada jogo disputado somam-se dois pontos ao time. Com mais dois jogos garantidos, mais quatro pontos serão acrescentados à pontuação atleticana. O Atlético já garantiu 68 pontos desde a sua estréia na Libertadores em 2000, aproximando-se do Botafogo, 12.º colocado, que possui 79 pontos (uma tal de Copa Master da Conmebol concedeu um ponto ao clube).

A pergunta que todos devem fazer é qual o limite do Furacão nesta Copa Sul-Americana? Acredito que com a mesma determinação dos jogos disputados até agora, apoiado pela torcida e sabendo jogar com inteligência, o limite é o topo. Nenhum time é uma potência, mas todos merecem respeito e seguindo a fórmula de 2005 e dos confrontos contra Paraná e River, o Atlético pode conquistar o título inédito para o futebol brasileiro. Na América do Sul é comum dizer ¡Sí, Se Puede! quando acredita-se ser possível vencer um difícil desafio. O desafio atleticano está lançado e eu acredito que podemos vencê-lo!

Parabéns

O dia 12 de outubro é uma data importante. Comemora-se o dia da Padroeira do Brasil e o simbólico Dia das Crianças. Além disso, esta data sempre foi especial, para mim, por ser o aniversário do meu falecido avô Carlos Franco Ferreira da Costa. Mais tarde soube que o grande amigo Ricardo Campelo, colega de site e da seleção paranaense de advogados, também comemora aniversário em 12 de outubro. Sempre soube que um outro aniversário neste mesmo dia o incomodava, mas neste ano fez-se justiça com o amigo e o nosso querido Furacão o presenteou com uma classificação histórica, sensacional! A festa é nossa Rica, mas o sabor será ainda maior para você. Parabéns, parceiro! Que muitas outras alegrias venham logo, quem sabe com este título inédito da Copa Sul-Americana!


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