Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Um sonho

28/09/2006


Sonhar, sonhei meu sonho
Um só sonho, mas que sonho!
Um sonho que me tirava o sono.
Só sonhar? Não, também realizar.

O sonho se fazia real, mas apenas numa ilusão
Sonho de menino na cozinha de casa
Jogando meu futebol de botão
Lá jogava o “poderoso” River Plate
Contra meu humilde Furacão

Lembro bem como se fosse agora, só sonho
Que Crespo, Gallardo e Ortega, todos gringos
Fulminavam a meta atleticana
Mas lá tinha meu herói a voar
Com defesas inacreditáveis, pegava todos o guapo Gilmar

Mas uma hora não teve como, o sonho
A brincadeira, a mesa, os botões
Francescoli bateu de longe vencendo Gilmar
River Plate 1 a 0 no placar

Mas meu time não era só sonho, tinha imaginação
E após tabelinha entre Gilson “Diabo Loiro” e Cavalo
O empate veio com Reginaldo Cachorrão
Gol
Delírio, só sonho
Sonho de menino, que tanto queria sonhar

Depois veio a virada
Com um chute do meio da rua no meu Estrelão
Mais uma vez o tiro foi do camisa 3
Novamente Reginaldo Cachorrão
E assim foi meu primeiro River X Atlético
Num sonho
Um sonho de criança, em meu futebol de botão

Quem diria que alguns anos depois
Não seria sonho
Só sonho
Um sonho
Mas estava lá de verdade meu Atlético
Minha paixão

O gigante Marcos Aurélio fez história
Diferente das minhas estórias
Transformou em realidade minha ilusão

Vencemos no famoso Monumental
(não aquele que inventaram no Perpétuo Socorro)
Socorro!

Obrigado Presidente, jogadores e ao Vadão
Esse momento foi sublime
Mais um degrau de nossa história
Idealizando o Furacão
Não foi só sonho
Nem só ilusão, sonho bobo de um menino
Em sua mesa de futebol de botão


ARREMATE

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.

Cecília Meireles


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