Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Malandro e mané

18/09/2006


“Malandro é malandro, mané é mané diz aí, podes crer que é”. Mestre Bezerra da Silva já dizia e corroboro. Mas mesmo assim, alguns “manés" tiveram seu dia de malandros. O lance do polêmico segundo gol foi incrível.

O mané Danilo escorregou literalmente como um mané, mas deu uma de malandro; o árbitro, muito bem, deu uma de mané e mandou prosseguir e William, um dos maiores manés que já vestiram a camisa rubro-negra, foi malandro, meteu pra dentro e conferiu mais três pontos para o Atlético!

Importante foi a vitória em uma partida (quem diria!) daquelas chamadas de seis pontos. A que ponto chegamos!

O treinador Vadão é que precisa urgentemente deixar de ser mané. Primeiramente na extrema e irritante demora em fazer as alteração por vezes óbvias que o time necessita. No mais, em insistir com alguns que já provaram que nada conseguem provar. Mais malandragem, Vadão!

Porém, mané mesmo são os que estão vaiando o time, ainda na primeira etapa. Não adianta, moçada, o time é esse (cheio de manés mesmo) e vaiar alguns atletas não vai fazer com que acerte o próximo passe. Cobranças, exigências? Tudo bem, concordo e acho que esse time deve sentir a responsabilidade nas costas mesmo, pois se nossa situação segue delicada, é por causa deles. Mas confesso não entender porque um monte de manés, que se acham malandros, saem de casa com chuva, um tremendo frio numa tarde de sábado para ficar xingando e vaiando o próprio time, numa situação em que todos devem se unir em prol do Atlético.

Mané não colabora, fica em casa por favor! Assim como você, também acho que 2006 está sendo um ano decepcionante, que tínhamos tudo para estarmos na luta por “mais” um título e que nossa luta é para não ser rebaixado. Mas vaiar, nessa altura do campeonato, não vai ajudar em nada.

Denis Marques

Instado a opinar sobre a situação do avante Denis Marques, consegui fazer uma comparação, acho que pertinente. Tem jogado bem, se esforçado, corrido e lutado. Mas não faz gol! É o atacante que menos faz gol no Atlético. Nunca foi artilheiro de qualquer campeonato, nem mesmo do Atlético e mais perde do que faz gols. Ah, Kleber, o Incendiário perdia muitos gols? Perdia, mas também fazia muitos!

Denis é o artilheiro de poucos gols. É como o advogado que perde prazo. O jornalista que não sabe interpretar texto dos outros. É como um dentista que não suporta ver sangue. Denis é assim.

ARREMATE

"A correnteza do rio vai levando aquela flor, o meu bem já está dormindo, zombando do meu amor"
Correnteza – Antonio Carlos Jobim


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.