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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Merda acontece
04/09/2006
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Não, não é o bloco do hilário Hermes e Renato. É o resumo do que aconteceu ontem na Baixada. Deu tudo errado, de uma maneira esquisita. Deu tão errado como as coisas deram para o Botafogo no 1º turno, quando levou de quatro deste mesmo Atlético em pleno Maracanã, inclusive com Dodô errando pênalti. Aliás, mesmo Atlético não, aquele rubro-negro era ainda pior que este de hoje!
Mas quem de nós não se arrumou, cabelo recém cortado, uma calça US Top da hora, bamba tinindo de limpinho, chegou na festinha e viu a garota dos sonhos, a gata sensação do colégio, de mãos dadas, abraços e depois beijos justo com seu melhor amigo? Quem aqui não engraxou a chuteira, camisa nova, mal dormiu de ansioso para no dia seguinte ver o jogo de estréia do campeonato cancelado por causa das chuvas?
Há de se ter ficado com vergonha do carro velho do pai, e pedir para ele te deixar uma quadra antes do colégio; ou quem sabe se esconder em casa quando surge aquela espinha gigante bem no meio da testa. Numa dessas a vergonha foi ter provocado uma briga no pátio do colégio e ter levado uma surra na saída. A vergonha é inerente ao ser humano, todos a temos.
Hoje sou meio “sem vergonha”. Perdeu? Sim, e daí? A próxima deve vencer. Já desafio meus amigos paranistas, venceremos as duas provavelmente. Não sou conformista, mas não serei nem mais nem menos atleticano por causa de resultados vexatórios como o de ontem. Sei, de pessoa de extrema confiança, que Petraglia já reconheceu os erros, sabe que 2006 era um ano que tinha tudo para ser um dos melhores da história atleticana, mas que virou lixo. Muitas apostas, falta de experiência e comando.
Espera-se que a lição tenha sido aprendida e que possamos começar 2007 com gás total e contratações realmente boas, não somente tentativas, na base do trazer dez, jogar pro alto e ver se um ou dois se salvam para obter lucro. Quanto a 2006, não que eu tenha desistido, de forma alguma, somente me preparo para ficar nessa luta contra o rebaixamento até o final.
Quarta-feira tem competição nova, outro ânimo e de torneio sul americano nós entendemos, não o time de pijama, que mal conhece o Paraguai. É duro, difícil e doído, mas nada como empurrar o time mais uma vez e vence-los no Pinheirão, algo que há muito não conseguimos para aplacar a vergonha e retomar o bom ritmo que havíamos conseguido.
ARREMATE
Esse time não merece a torcida que tem!
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