Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Outro time

31/08/2006


É preciso reconhecer a interferência de Vadão no elenco atleticano, e a sua responsabilidade pelos últimos bons resultados. Em relação ao período de Givanildo, temos outro time. Um time que entra em campo sabendo o que pretende fazer. Mais do que isso, vem conseguindo fazer o que pretende.

O mínimo que se espera de uma equipe sem maiores destaques individuais, é que garanta bons resultados dentro de casa, com o apoio de sua torcida. E isto o Atlético fez, com propriedade, nos três jogos que disputou na Baixada sob o comando de Vadão, conseguindo nove pontos importantíssimos. Mais que isso, melhorou a performance em partidas fora de casa, como vimos contra o Fluminense. Precisamos melhorar em alguns pontos, em especial a defesa, visto que contra o tricolor carioca só conseguimos segurar a vitória graças a uma atuação inspiradíssima de Cléber, e que sofremos três gols do Figueirense. Mas já vivemos outra realidade. Percebemos que o time pode apresentar um futebol diferente do que estávamos vendo.

Além da parte motivacional, o êxito de Vadão também passa pelo aproveitamento de jogadores como Cristian, Michel e Marcos Aurélio. Os três caíram como uma luva no time, e, a partir daí, toda a engrenagem passou a funcionar. Até mesmo jogadores como Denis Marques e André Rocha, que não vinham bem, passaram a render melhor. Como conseqüência, o time todo passa a ter outra cara.

Finalizo minha redenção a Vadão elogiando os pés no chão que mostrou na entrevista ontem após o jogo. Fico tranqüilo com esta consciência, mostrada pelo treinador, no sentido de não permitir que os jogadores se empolguem. Tem muito chão pela frente, o papel que cada um tem que exercer está longe de ter sido cumprido. Cabeça no lugar, antes de mais nada.

Ainda acho que Vadão poderia ser mais ativo durante a partida. Ontem, Fabrício precisou se contundir para ser substituído. Ademais, alguns erros de posicionamento foram flagrantes e recorrentes, como a troca de lado entre Cristian e Fabrício. Pelo menos duas oportunidades foram desperdiçadas por Cristian (que “não tem” pé esquerdo) em razão de este ter entrado pelo lado esquerdo. Uma interferência durante o jogo talvez pudesse ter tornado a vitória ainda mais fácil.

Temos que ser gratos a Vadão, por nos proporcionar um novo horizonte neste Brasileiro.

O que é, o que é?

Mais rápido que o Dagoberto?
Mais goleador que Washington?
E ainda por cima mais alto do que o Ferreira?


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