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Eduardo Aguiar
Eduardo Aguiar, 51 anos, é jornalista e filho de um coxa-branca (ainda bem que existe a Teoria de Darwin, sobre a Evolução das Espécies!). Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2006.
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Tudo no seu lugar
31/08/2006
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E assim caminha o Furacão. Aos poucos, as coisas voltam ao lugar. Inclusive a cabeça da torcida.
É incrÃvel como algumas mudanças podem dar uma cara nova ao time. Do Atlético de um mês atrás para o de ontem, dois jogadores representam essa mudança de atitude: o lateral-esquerdo Michel e o atacante Marcos Aurélio. Podem não ser fenomenais, mas entraram nas posições que eram o ponto fraco da equipe e tiveram ótimas atuações, rendendo muito mais do que poderia esperar o mais otimista dos torcedores.
No lado esquerdo, não havia Ivan, Beto ou Moreno que desse jeito. Michel entrou contra o Figueirense e fez o lançamento para o terceiro gol; nas partidas contra a Ponte e o Fluminense também foi responsável pelas jogadas que abriram o placar para o Rubro-Negro. E, o que é melhor, aquele setor do campo deixou de ser uma avenida para os adversários – o que nos custou uma derrota para o fraco Corinthians.
No ataque, ficamos um turno inteiro vivendo a dependência, a expectativa e, por fim, a frustração de esperar por boas atuações do Dagoberto. Quando ele não jogava, Ãamos tentando com um ou outro. Quando ele era escalado, decepcionava. Até que Vadão experimentou Marcos Aurélio e o baixinho, em quatro jogos, marcou quatro gols. Nanico, driblador, veloz, tem um estilo de jogo que até lembra o próprio Dagoberto. Mas com uma diferença: além de ser artilheiro, pôr a bola na rede e decidir jogos, ele corre, marca, se doa e mostra que tem prazer em estar jogando pelo Atlético. Uma atitude que o jogador da Massa Sport não sabe mais o que é.
Enfim, o Atlético volta a jogar bem, a Arena volta a ser o Caldeirão e a torcida pára um pouco de pregar a revolução. Não dá pra se iludir e achar que somos os melhores do Brasil, mas podemos ter certeza que este elenco não é tão ruim quanto pintavam. É muito superior, inclusive, a vários times que estão acima na tabela.
Mas o melhor de tudo, mesmo, é descobrir que o Dagoberto não nos faz falta alguma.
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Na próxima semana o Atlético volta a disputar mais uma competição internacional, a Copa Sul-Americana. E, no dia 13, o jogo de volta é na Baixada. O Caldeirão vai voltar a ferver de verdade.
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