Patricia Bahr

Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.

 

 

Vida nova, num mesmo ano

29/07/2006


Faço coro com o colunista e amigo Marcel. Domingo é dia de torcer pelo Atlético. Domingo é dia de iniciarmos uma nova etapa neste ano, espero que muito mais vitoriosa e alegre do que os sete meses que já se passaram.

Um novo trabalho está começando. Eu sei que tem gente que não gostou da contratação do Vadão. Eu sei que tem gente que está descontente com as prioridades da nossa diretoria. Eu sei que tem gente que não está satisfeito com o atual elenco. Eu sei que tem gente que está descontente com tudo isso. Mas uma coisa todos têm em comum: a paixão pelas cores vermelho-e-preta, o sorriso na alma e no coração quando vemos o nosso Furacão entrando em campo.

E é por ele, pelo nosso Atlético, que temos que dar um voto de confiança em tudo isso que passa a ser escrito daqui para a frente, agora sob o comando de Oswaldo Alvarez. É vida nova, num mesmo ano. Uma segunda chance que nos estamos dando de respirar em 2006, de tentarmos ser mais feliz.

O que eu espero é que as mágoas, a tristeza, as broncas fiquem da Baixada para fora. De Cléber a Dagoberto e Denis Marques, de Bolinha a Vadão, de Petraglia a você que está lendo este texto.... todos temos uma obrigação com o nosso atleticanismo. E jamais podemos permitir que sentimentos pequenos, mesquinhos, ruins ousem atrapalhar o nosso Atlético.

Domingo eu vou para a Baixada. Vou para ver o meu Atlético e disposta a aplaudir em pé todos que vestem a camisa rubro-negra com amor. A minha parte, o meu melhor eu vou fazer. Espero que você também faça... Pelo bem do Atlético!

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Achei muito nobre e oportuna a iniciativa das torcidas organizadas de garantir um apoio incondicional ao time no jogo contra o Flamengo. Mesmo sabendo que a fase não é das melhores, somente nós, atleticanos, podemos tirar o time da atual situação. O que eu sinceramente queria era ver mais uma vez a torcida saudando o time sem rancores, mágoas, briguinhas. Tudo isso é muito pequeno perto da grandiosidade do nosso Atlético. Eu queria ver a torcida, em coro, saudando cada um de nossos jogadores, terminando com os tradicionais gritos ao Bolinha e ao técnico Vadão. Quinta-feira soube que a Fanáticos cumprirá em partes esse meu desejo – vai saudar apenas o novo treinador e nosso popular massagista. Ainda restam algumas horas antes da bola rolar na Baixada. Tempo suficiente para se refletir e ver que todo recomeço merece começar sem antigas brigas.


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