Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Causa e conseqüência

24/09/2002


É dose ver o Atlético como está ultimamente. Já são 5 rodadas sem vitórias, metade do campeonato alcançado e para piorar, nosso maior rival está entre os líderes. Queiram ou não, esse fato incomoda um bocado, até porque, nos últimos 7, talvez 8 anos, a situação SEMPRE foi inversa. Mas chegou nossa hora de escutá-los "gralhar" um pouco, mesmo que o final da história todos já saibamos qual será.

Duro também é ouvir críticas a Kléber, Gabiru ao até mesmo a Dago. A bola simplesmente está difícil de chegar ao ataque. Criticar os atacantes, seria dar foco à conseqüência, não à causa.

Nosso meio campo anda desguarnecido, aberto, frágil até. Além de conseguir municiar pouco o ataque. Criticar os meio campistas, seria apontar a conseqüência, não a causa.

E nossa defesa então? Qualquer cruzamento na área é um "Deus nos acuda", nossos zagueiros nunca sabem a hora certa de sair jogando e de dar chutão. Criticar os defensores? Apontar a conseqüência e não ir direto à causa!

Quando um jogador erra passes de 3 metros, não consegue sequer dominar uma bola e o torcedor xinga o treinador, é injusto. Mas quando um time não altera sua maneira de jogar, as substituições beiram a obviedade e a prepotência do comandante técnico, não admitindo seus erros, irrita o torcedor, há algo errado.

O Atlético hoje depende dos rompantes de individualidade de seus bons jogadores. Não há uma jogada ensaiada de falta, escanteio, triangulação. Nossa defesa anda exposta, fazendo de Adriano Basso um dos nossos principais jogadores. Essa é a causa!

Ou Espinosa revê seus ultrapassados conceitos de futebol, muda a maneira do time jogar, ou o Atlético continuará definhando, conseguindo esporádicos bons resultados e sofrendo mesmo nos jogos em casa.

Frente o tricolor carioca, o Atlético tem que mostrar o que quer desse campeonato. Ou a arrancada para o tão sonhado bi, ou a queda do G8!

Ainda confio na primeira hipótese.


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