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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Lembranças de Porto Alegre
07/07/2006
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Quarta-feira, 06 de julho de 2005. Nesta data o Atlético entrava em campo, no Beira Rio, para enfrentar o então bicampeão São Paulo pelo inédito tÃtulo da Libertadores da América. Longe de Curitiba, mas acompanhado de sua fanática massa de torcedores, o Furacão encarou o tricolor paulista como de fato jogasse em casa, com autoridade e dominando as ações ofensivas. Claro que o jogo na Kyocera Arena poderia ter outro resultado, pois a pressão da torcida é ainda maior e no estádio atleticano o São Paulo não costuma endurecer.
Paciência, o regulamento foi raramente cumprido em competições sul-americanas e nos restou viajar até a capital do Rio Grande do Sul. De carro, moto, ônibus, avião ou qualquer outro meio de transporte, mais de 15 mil atleticanos deslocaram-se a Porto Alegre e a cidade gaúcha viveu clima de sede de final de Copa dos Campeões da Europa ou do celebrado Superbowl norte-americano. Nestas duas decisões, o jogo é único e em uma cidade previamente escolhida, a qual, na maioria das vezes, é neutra e sofre uma invasão de torcedores finalistas.
O jogo foi equilibrado, tÃpico de uma decisão deste porte, mas o Atlético jogou bem e poderia ter vencido. Fez o primeiro gol através de AloÃsio, poderia ter ampliado, descuidou-se e sofreu o empate, em trapalhada do zagueiro Durval que fez contra. No fim, Lima quase definiu a vitória com uma bela cabeçada, mas a bola caprichosamente raspou a trave de Rogério Ceni.
Ontem, o jogo completou um ano. Nada de festa, comemoração, afinal o resultado no Morumbi foi negativo e nos restou o vice-campeonato, que apesar de honroso não merece, na nossa cultura, celebrações anuais mais efusivas.
Hoje o Atlético e especialmente sua torcida, aguardam ansiosamente o final da Copa do Mundo para retomar a preocupação com o Campeonato Brasileiro. Uma campanha até agora fraca, muito aquém da qualidade e tradição recente do clube.
A euforia é incomparavelmente menor que a de 2005, por motivos óbvios, mas a preocupação com o futuro é muito maior. O Atlético ou reinicia o campeonato justificando o apelido de Furacão ou terá um semestre mais triste que a noite de 14 de julho de 2005, quando saÃmos derrotados do Morumbi de uma batalha maior e mais honrosa do que a simples permanência na elite do Brasileirão. Hora de reagir Atlético, senão o tempo passa e as boas recordações do passado serão apenas vagas lembranças que pouco farão diferença no futuro, como aconteceu com o estagnado rival Coritiba!
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