Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Eu vejo...

26/06/2006


...e não morro tudo! Assim fala um grande amigo e agora com a contratação do veterano e campeoníssimo goleiro Navarro Montoya, aplico isso ao Atlético. Vale lembrar que uma das desculpas dadas para a dispensa do goleiro Flávio no final de 2003 foi a idade, sendo que nem hoje em dia o Pantera é “quarentão”.

Acho algumas coisas engraçadas no Atlético, uma delas é a falta de transparência. É mais ou menos assim: se a diretoria desmente que Lothar Matthäus vai ser contratado, pode escrever, ele vai! Se dizem que são apenas boatos que em plena competição venderemos Jancarlos e Paulo André, podem ter certeza, eles já estão sendo vendidos.

Agora, além da vinda do goleiro Montoya, parecem estar atrás de um preparador de goleiros argentino. Primeiro quero esclarecer que não tenho nada contra o povo argentino, inclusive tenho amigos de lá, outros que moram lá e sou admirador do futebol praticado naquelas plagas. Não há preconceito algum, apenas a rivalidade que todos temos na verdade.

Mas me digam, que grande goleiro argentino houve depois de Pumpido ou Goycochea? A escola argentina sempre foi muito boa, foi um dos calos que nós brasileiros sempre tivemos em relação a eles, mas as coisas mudaram, e muito. Só para simplificar, entre os cinco maiores clubes italianos, temos três brasileiros: Dida no Milan, Julio César na Internazionale e Doni na Roma. Pouco? Vejam o destaque que Helton tem no Porto e Gomes no PSV da Holanda.

Os tempos são outros e houve uma gigantesca evolução na posição, nos treinamentos e métodos dos arqueiros brasileiros na última década. Rogério Ceni é reserva no Brasil, mas em quantas outras seleções poderia ser titular? Goleiros? Hoje em dia temos mais a ensinar do que a aprender!

E vamos gastar dinheiro, pelo jeito não pouco, justamente numa posição em que temos plena confiança no titular. Vendemos no atacado vários titulares, continuaremos a encher as prateleiras com um monte de “Zés” que não temos certeza se darão certo e se derem os vendemos logo.

Acho que o presidente e sua turma estão com saudades dos coxas, só pode ser isso!

ARREMATE

Se o futebol é uma caixinha de surpresas, o Atlético é uma fábrica de caixinhas!


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