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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma famÃlia inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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Em meio à Copa do Mundo, e sem jogos do Furacão, o melhor a fazer neste espaço é colocar idéias curtas, como fez meu amigo Sérgio Tavares Filho em sua coluna de terça-feira. E é justamente sobre as "curtas" dele que eu quero tecer as minhas (sem trocadilhos, por favor).
Comentaristas e Jornalistas
Discordo do nobre amigo Tavares sobre a autoridade para comentar a Seleção Brasileira. No papel, de fato, teoricamente os jornalistas deveriam saber tudo e nós, reles fãs de esporte, respeitar a opinião dos mais estudados. Ainda mais em Copa do Mundo, quando muita gente que nem gosta de futebol se mete a comentar, e normalmente só sai porcaria.
Mas esta não é uma verdade absouta. Vou pegar um exemplo: o comentarista Sérgio Noronha, da poderosa Rede Globo, que detém exclusivadade na transmissão da Copa em TV aberta. Escalado para uma Copa do Mundo, o cidadão chega para comentar um jogo e manda: "Não vou comentar sobre Trinidad & Tobago porque não sei nada sobre eles". Ora, se não sabe, estude, compre o álbum de figurinhas e verá que grande parte dos jogadores atuam no futebol inglês. Inclusive, um deles (Yorke) foi Ãdolo do Manchester United, um dos maiores clubes do mundo*. No jogo da Suécia contra Paraguai, Noronha disse que não conhecia ninguém menos que Zlatan Ibrahimovic, atacante da Juventus, atual campeã italiana (!). Dica para Noronha: abra o Youtube e procure por "Ibrahimovic", e veja um golzinho que ele fez quando ainda atuava pelo Ajax.
Ou seja, podemos conhecer pouco de futebol, mas sabemos mais que o Noronha. Se ele pode comentar, nós também podemos.
Pipoca
Outro ponto de discórdia minha no texto do Sérgio é na comparação do estádio com o cinema. A discussão sobre o ingresso já deu para a cabeça, não vou voltar a este tema. Mas me sinto no dever de observar que a comparação é ineficaz. Por um simples motivo: a pipoca no cinema é opcional. É perfeitamente possÃvel ir no cinema e não comer pipoca, levar um pacotinho de amendoim no bolso ou simplesmente não comer nada.
Outra coisa: a pipoca do Cinemark, utilizada como comparação pelo Sérgio, é simplesmente o produto com o preço mais desproporcional que já vi. Nunca na vida comprei esta pipoca pois, chato do jeito que sou, acho um absurdo pagar este preço. Bem feita que seja as conta, é possÃvel ir num cinema com a namorada gastando nos dois bilhetes um valor menor do que uma única entrada na Arena.
No fim das contas, a pipoca só entrou em cena como um contra-peso desproporcional para justificar o salgado ingresso cobrado na Arena...
Montoya
Finalmente uma explicação para a vinda de Montoya. Eu já estava totalmente confuso com a chegada do jovem portenho, achando uma sacanagem com o Cléber, e questionando por quê é que a diretoria resolve reforçar justamente a posição em que temos o melhor jogador do time atual?
Mas a última notÃcia publicada na Furacao.com dá a letra do que deve acontecer. Fucei no Google e achei uma Entrevista do guapo em 2000, em que já revelava seu desejo de jogar no Brasil. Então, imagino que o acordo foi o seguinte: Montoya realiza seu sonho de jogar no Brasil, encerra sua carreira em um time de excelente estrutura e já tem um emprego garantido para a posteridade, como preparador de goleiros do Furacão. O Atlético ganha na experiência de um goleiro consagrado que pode fortalecer os jogadores da posição no futuro.
Quero crer que seja isso. Pois Cléber atualmente é um dos melhores do Brasil. Pra tirá-lo do time vai ser difÃcil, muito difÃcil.
* com informações do Blog da Redação
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