Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Curtas

20/06/2006


Tenho que comer muito mingau para analisar uma partida da Seleção Brasileira. Não me vejo no direito de analisar se Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Kaká podem jogar juntos. O que posso fazer é palpitar: ser um torcedor comum e querer o melhor para aqueles onze que nos defendem em campo. Para mim, comentarista de Copa do Mundo tem que ter cabelo branco, participado de diversas coberturas internacionais, falar e escrever o português corretamente. Pessoas da minha idade, por mais inteligentes que sejam, deveriam de fazer o mesmo e escutar as vozes da experiência.

Os jornalistas recém-formados já se acham no direito de criticar Parreira, CBF, Ronaldo e a Seleção. O pior é ouvir os mesmos comentários de quem nunca sentou numa cadeira de universidade ou abandonou no meio do caminho. Se fazem isso com a Copa do Mundo, coitado do nosso Atlético, que tem os canhões apontados para a Baixada e para o CT do Caju. Pense três vezes antes de parar o dial do seu rádio.

Debandada

Ingênuo o torcedor que pensou que o Atlético iria permanecer com o mesmo time até o fim do Campeonato Brasileiro. Reclamam da partida de Michel Bastos e das possíveis negociações de Jancarlos, Paulo André, Fabrício e Denis Marques. Quantas vezes você os vaiou na Kyocera Arena neste ano? O insulto não foi menor do que os aplausos. Não sei quem serão os jogadores substitutos para as posições. Piores, não serão.

O preço da pipoca

Um casal e dois filhos numa sessão de cinema no fim de semana. Entre ingressos, pipocas e refrigerantes, no mínimo, R$ 75. Um casal e dois filhos na Kyocera Arena. Entre ingressos, pipocas e refrigerantes, no mínimo, R$ 90. Muita diferença? É o Atlético que cobra entradas absurdas ou o mercado do entretenimento que enlouqueceu? Por que quem recebe um salário mínimo não reclama do preço das sessões de cinema? Por que só o clube tem que arcar com a fama de ser careiro? Tente entrar numa sala de projeção com um pacotinho de pipoca... Na Baixada isso ainda é possível. É possível e você economizará mais ainda.


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