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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Obrigado, Cléber!
05/06/2006
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Um grande time começa por um grande goleiro. Tudo bem, nosso time não é lá essas coisas, ainda sofre com dificuldade de criação no meio de campo, ausência de jogadas ensaiadas, jogadas pelas alas do campo, mas é um time que já adquiriu mais confiança e agora sim, mostra mais vontade de vencer.
O Palmeiras de ontem não foi o mesmo Palmeiras desde o início do campeonato. Assisti dois ou três jogos do time paulista e contra o Flamengo, no Maracanã, ficou evidente toda a fragilidade do elenco. Diferente de ontem, quando ameaçou o Atlético várias vezes, criando jogadas perigosas pela ala esquerda e usando e abusando de falhas individuais do time atleticano. Mas o Palmeiras parou. Parou nas “mãos” de Cléber. Que jogo do Cléber!
Defesas milagrosas fizeram a equipe atleticana acreditar no jogo e acreditar que ali atrás estava alguém em formato de “parede”. O Atlético venceu pela competência em marcar quando teve a oportunidade, mas principalmente pela competência do goleiro Cléber. Com um reflexo extraordinário e uma segurança incrível, Cléber se obrigou a realmente se tornar uma parede quando a zaga do Atlético assistiu Enilton deitar e rolar dentro da área, virar e chutar, cabecear e apenas lamentar por existir ali, uma verdadeira muralha. O destaque para as grandes e difíceis defesas do número 1 do Atlético deveria ser estampado muito mais amplamente em todos os meios de comunicação, pois foi dali, de dentro da área do Atlético, que nasceu a vitória rubro-negra.
A valentia de Alan Bahia, a boa movimentação e marcação de Erandir, o talento de Evandro e a evolução do futebol do garoto Alex foram essenciais no jogo contra o Palmeiras, mas o que o goleiro Cléber produziu na Baixada, na última tarde de domingo, foi algo espetacular. Uma coisa ficou mais do que óbvia para todos nós: Cléber provou que é o capitão do time, não somente pelas boas apresentações, mas por representar a liderança atleticana e por cobrar tanto dos seus companheiros. Definitivamente, nosso goleiro incorporou o espírito atleticano. Só lhe falta a braçadeira de capitão. Justiça seja feita.
Obrigado, Cléber!
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