Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Adeus, semestre velho!

05/06/2006


Que alegria comemorar o fim do primeiro semestre. Ainda mais com uma seqüência de sete pontos em três jogos, algo raro nestes seis meses de 2006. Da turbulência da primeira metade do ano escapamos ilesos, pelo menos aparentemente. Nada foi conquistado, mas o time somou pontos suficientes para distanciar-se um pouco da zona de rebaixamento e encontrar tranqüilidade para trabalhar nesta inter-temporada durante a Copa do Mundo.

O ano prometia ser próspero. O time acabou 2005 arrasando seus adversários, em uma espetacular reação que culminou na sexta colocação final. Um Atlético que somara apenas seis pontos nas primeiras dez rodadas, encostou na zona de classificação para a Libertadores e só não retornou à competição por nove pontos, distância ínfima para quem passou rodadas entre os rebaixados.

No entanto, peças fundamentais saíram, como Aloísio, Lima, Marcão, Finazzi e Diego. Voltaram Cleber e Michel Bastos, mas o segundo pouco atuou devido à uma contusão de menisco e o goleiro só teve sua posição de titular confirmada com a chegada de Givanildo. Nos primeiros meses, um absurdo revezamento na posição, entre Cleber e Tiago Cardoso. Nem mesmo a seqüência de erros de Tiago o tirava do time e pontos foram desperdiçados, assim como a classificação para a semifinal do Paranaense, após trapalhada do goleiro atleticano.

O craque Dagoberto voltou a apresentar-se bem, especialmente sob o comando de Matthäus, mas foi caçado no Estadual e voltou à mesa de cirurgia, desta vez submetido à uma artroscopia no joelho esquerdo por causa de lesão no menisco. Quando voltou logo teve problemas musculares e a novela de sua renovação continua se arrastando sem maiores novidades.

O Campeonato Brasileiro começou como no ano anterior, com derrotas em casa e um time bagunçado, sem esquema de jogo definido e psicologicamente abalado. Em sete rodadas, apenas seis pontos, conquistados fora de casa, contra o lanterna Santa Cruz e o frágil Botafogo. Na última semana um suspiro. Uma vitória que caiu do céu contra o Juventude, um empate excepcional contra o líder Cruzeiro, no Mineirão, e mais três pontos contra o pavoroso Palmeiras, graças à excelente fase de Cleber, goleiro que não deve nada a nenhum outro de sua posição no país.

Agora, finalmente a parada. É hora de passar uma borracha no primeiro semestre, na eliminação do Paranaense, da Copa do Brasil e da má campanha no Brasileirão. Trabalhar para fortalecer a equipe e começar a subir posições no campeonato. É importante definir muita coisa nos próximos dias, entre elas a situação de Dagoberto, do comando técnico que não está à altura do clube e a contratação de reforços, pois ninguém quer acompanhar mais um semestre em 2006 como o primeiro. Boas férias Atlético, excelente trabalho no retorno e, enfim, adeus semestre velho!


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