Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Fragilidade

26/05/2006


O jogo de quarta-feira acabou com minhas últimas esperanças sobre o atual momento atleticano. O time é fraquíssimo, não tem conjunto, vibração, vontade de vencer, esquema tático e até mesmo sorte. O São Caetano é um time de terceira divisão emprestado para a primeira. O dinheiro da prefeitura secou e o vice de 2001 acordou para a realidade: sem torcida, com um estádio ruim e gramado esburacado. Nem assim vencemos! Faltou competência aos colombianos na hora da finalização e sobrou vontade do adversário que em dois lances decidiu a partida, mesmo tendo o Atlético dominado o jogo.

O contestado (inclusive por mim) Givanildo acertou nas substituições, o time melhorou o rendimento em campo, mas não chegou ao empate. Mas mesmo quando ele acerta não custa perguntar: não poderia ter mexido no time ainda no primeiro tempo? As más atuações de Danilo, Ivan e Ferreira eram ocasionais ou algo que vem se repetindo jogo a jogo?

Não acredito que o Givanildo seja tão fraco assim, afinal já conquistou títulos no Nordeste. Lá alguns também deveriam passar por maus momentos, mas eram sacados pelo treinador. Aqui, parece que o frio curitibano congelou nosso comandante que anda num marasmo absurdo, convicto de que logo será demitido. Esta falta de vontade de comandar o Atlético já seria motivo suficiente para sua queda. Somado aos maus resultados não compreendo por que ele permanece. Parece sadomasoquismo, justamente no Atlético, tradicional pela pouca paciência com treinadores.

Agora o Atlético enfrenta o Juventude. Um time razoável, embalado pela goleada sobre o modesto Santa Cruz que está na primeira divisão de passagem, com visto de turismo. O que esperar deste jogo? Em outros tempos, uma vitória tranqüila, mesmo não sendo por goleada. O Furacão costumava ser implacável dentro de casa, vencendo dos pequenos aos grandes. Este ano não podemos esperar muita coisa. Até vencer será possível, mas acredito que só venceremos se o treinador reencontrar a vontade de trabalhar, mexer em uns quatro titulares “intocáveis” e criar nova motivação ao elenco.

Não custa arriscar e escalar o seguinte time: Cleber; Carlos Alberto, Alex, Paulo André e Moreno; Erandir, Alan Bahia, Evandro e Fabrício; Denis Marques e Herrera. Um time bastante modificado que pode quebrar o marasmo que cerca o CT do Caju nos últimos meses. Afinal, quantas vezes o atacante Denis Marques saiu do time por má atuações? Inúmeras. Agora chegou a sua vez de retornar, afinal, ele e o Jonatas correram e lutaram, em vinte minutos, mais do que a maioria dos titulares.


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