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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Estamos todos apreensivos, desde o mais otimista até o mais pessimista torcedor. Desde aquele que teme pelo fracasso, até aquele que acredita no título. Desde o mais simples até o mais sofisticado. Desde o mais calmo até o mais doido. Todos estão apreensivos, e ninguém mais imagina como será o futuro do Atlético.
Sábado passado assisti o jogo na Baixada ao lado de um senhor, um velhinho gente finíssima. Estava sozinho, olhando para o horizonte, quando lhe questionei: “e aí, amigo, ganhamos hoje?”. A famosa pergunta que quase todos fazem para seus amigos quando chegam na Arena, me trouxe uma resposta esquisita: “não sei, só sei que o Atlético, mesmo aqui na Baixada, nos dias de hoje, não é temido. Tempos atrás eu te diria com certeza que venceríamos hoje, mas infelizmente não posso afirmar”. Após o jogo, só aquele sorriso, tapinha nas costas, e com um ar de tristeza as últimas palavras: “acho que não volto mais. Meus amigos já desistiram, o Atlético não é mais nosso. Eu gosto muito daqui, mas não me sinto mais em casa. Quem sabe um dia a gente se encontre de novo, mas até lá muita coisa precisa acontecer. Por enquanto, foi um prazer ter te conhecido”.
É duro dormir com um barulho desses. O que virou o nosso Atlético? O que está virando o nosso Atlético? Perguntas, perguntas e mistérios. Respostas, sempre as mesmas respostas e as promessas de um futuro melhor. Declarações, entrevistas e cartas abertas, querendo a qualquer custo fazer com que o torcedor atleticano “engula” as políticas do clube. O pior de tudo é saber que a voz do atleticano, de tão rouca, já não tem mais efeito. A nação atleticana foi atropelada por um rolo-compressor e teve que aprender, com o tempo, a ficar calada. E, infelizmente, quem cala, consente. Não poderia e não deveria ser assim, mas não temos forças para mais nada.
Como se não bastasse, o atleticano agora sofre calado. Assiste a um jogo na belíssima Baixada, como aconteceu sábado, com meu amigo que nunca mais vou ver, mas sente que a frieza do ambiente lhe fez perder a essência de sua paixão. Aos poucos, bem aos poucos, quase sem sentir, o Atlético está cada vez mais distante do seu torcedor.
Momento triste da semana
Saber que Paulo Bonamigo estava disponível, foi capturado e está ajeitando as coisas pelo lado de lá. Um time ruim, mas que nas mãos de um treinador mais equilibrado, já cutuca o topo da tabela. E lá vamos nós, para o Anacleto Campanella, com Givanildo de Oliveira. Que vontade de chorar!
Momento feliz da semana
O site Furacão.com é Top 3 no i-Best, o maior prêmio da internet brasileira. Um verdadeiro motivo de orgulho, não apenas para a nossa equipe, mas para a torcida atleticana que acompanha o nosso trabalho e a nossa paixão pelo Atlético. Parabéns aos responsáveis Marçal Justen Neto, Sérgio Tavares Filho e Cleverson Freitas, e parabéns a toda a equipe de colaboradores da Furacão.com, que proporciona um belíssimo trabalho e um verdadeiro show de cobertura sobre as coisas do nosso Atlético. Vale a pena, e como vale!
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