Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

E agora, ganhar ou perder?

22/05/2006


A resposta é lógica: ganhar, sempre. O pensamento de derrota não passa nem perto da mentalidade atleticana, embora o torcedor infelizmente esteja assistindo com freqüência um Atlético derrotado nas mãos do treinador Givanildo de Oliveira.

Não somente pelos três pontos, não apenas pela importância de se vencer um jogo, independente se é dentro ou fora de casa, mas a vitória atleticana na próxima quarta-feira passa a ser a única salvação do técnico Givanildo. Ou não? Talvez seja o último cartucho, mas sinceramente, eu começo a ter calafrios quando lembro que minha última coluna sobre as sete vidas de Givanildo pode ser levada ao pé da letra. Cinco já se foram, desde que o profissional assumiu o comando. Restam duas mortes, e coincidentemente, antes do intervalo para a Copa do Mundo, temos mais dois jogos na Baixada. Não é minha intenção ser sarcástico, mas brincandinho, devagarzinho e bem quietinho, Giva vai se esquivando das porradas. O torcedor sim, esse anda levando porrada de tudo quanto é jeito.

Mas aí está a grande questão. O que é melhor para o Atlético: ganhar ou perder quarta-feira? Sem hesitar, respondo, mas não nego que dou uma parada pra pensar. Já conhecemos bem Givanildo. Bem sim, meu amigo! Giva pode mudar alguns detalhes da sua postura, mas seu “jeitão”, sua personalidade e suas características como profissional, não mudam, de jeito nenhum. É esse Givanildo que está aí, fraco, desanimado, triste, cabisbaixo, sem padrão tático, sem padrão técnico, sem eira, nem beira. Uma vitória do Atlético pode ser como mais uma bóia jogada ao mar, na tentativa de fazer Giva se sentir realmente parte da tripulação. Uma derrota, e a água vai cobrir mais um pouco o mestre, a mesma água que nos lombos já bateu faz tempo e já está no pescoço.

Tudo bem, claro que não vou torcer para uma derrota, até porque não acredito que uma derrota seria mais uma gota d’água para a saída do treinador. Torço e muito, desde já, por uma grande vitória na saudosa São Caetano do Sul. E quem sabe não venha de lá o reinício dos velhos e bons tempos (não adianta, atleticano é teimoso mesmo!). Que o Atlético ganhe no meio de semana, e vamos ver até onde vai essa barca que o capitão Givanildo está navegando, apesar de nem ele saber direito, nessa viagem, quem é quem.

E você atleticano? Prefere ganhar quarta-feira e continuar apostando em Givanildo, ou paga pra ver se uma derrota tira o treinador do leme? Sorte lançada. Façam suas apostas.


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