Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Ordem

22/05/2006


O Atlético ainda empatava por 1 a 1 mas já dava sinais de que facilitaria a partida para o Goiás. Do lado direito Danilo subia como lateral. Do lado esquerdo Paulo André queria atacar no lugar de Ivan. Erandir e Alex não sabiam se cuidavam dos contra-ataques ou se trocavam de posição com Ferreira e Evandro no meio. Pedro Oldoni, a única referência no ataque e marcado por dois zagueiros, não conseguia abrir os espaços para quem quisesse arriscar a finalização.

Já falei aqui mesmo na Furacao.com que o Atlético precisa rever com urgência a permanência de Givanildo Oliveira no comando. É teimosia mantê-lo no cargo mesmo no início do Brasileiro e com grandes chances de recuperação lá na frente. O time começa a partida com ares de que vai encantar, mas a coisa desanda a partir dos 20 do primeiro tempo. A orientação para os jogadores que deveria ser repassada através do banco de reservas é trocada pelas mãos na cintura, cara feia com o apito do árbitro e alguns passos na área destinada ao treinador. Nem mesmo dentro de campo os jogadores conversam entre si. Falta aquele "bad boy" para organizar o time, meter medo nos adversários, cheirar sovaco, cuspir no gramado (já repararam como os nossos atletas são educados? Nenhuma câmera pega os atleticanos cuspindo) e dividir a bola até com a bandeira do escanteio.

Torcia pelo sucesso de Givanildo em Curitiba. Queria mesmo que ele tivesse as mesmas jornadas vitoriosas que conquistou no Norte/Nordeste aqui no Sul. Só que o “Mestre Giva” parece ter esquecido o manual de treinador lá por cima. A cartilha básica de posicionamento de zaga, meio e ataque não veio junto na bagagem. Mais uma prova da displicência tática rubro-negra foi o terceiro gol do Goiás. Três zagueiros atordoados em cima de quem estava com a bola e um atacante adversário livre, na cara de Cléber. Nem nas peladas da Furacao.com a gente deixa isso acontecer. E olha que Cleverson Freitas, André Pugliesi, Silvio Rauth e Eduardo Aguiar nunca podem ser comparados com jogadores profissionais (meus respeitos, companheiros!).

Brincando e apavorado eu termino essa coluna. Só dói quando eu dou risada ou quando eu vejo o Atlético em campo na Baixada. Dirigido, ainda, pelo Givanildo.


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.