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Sergio Surugi
Sergio Surugi de Siqueira, 66 anos, é Atleticano desde que nasceu. Neto de um dos fundadores, filho de um ex-presidente do Atlético, pai e avô de Atleticanos apaixonados, é doutor em Fisiologia e professor. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.
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Flamenguinho ou CT?
21/05/2006
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Não sei quem virá, se virá ou quando virá, pois acho que o Givanildo ainda vai nos custar pelo menos mais três pontinhos (contra o São Caetano), mas enfim como o negócio é falar do futuro, fazer críticas construtivas e não ficar posando de corvo, vamos em frente:
Acredito que o Atlético tem que, de uma vez por todas, fazer verdadeiro e coerente o discurso de todos os atleticanos que se orgulham da estrutura que existe no nosso CT.
Acho interessante observar que nos últimos tempos nossos diretores têm optado por treinadores que não foram capazes de tirar proveito dessa estrutura inigualável.
Se tomarmos alguns exemplos mais ou menos recentes, vamos constatar que a maioria dos técnicos contratados foi gente que teve algum sucesso meteórico na carreira, alguns até levantando títulos de campeonatos menores, sempre no comando de times sem maior expressão e principalmente sem a estrutura do Atlético. Como técnicos de futebol, estes caras se comportaram como meros curiosos, amadores, eu até ousaria dizer. É bem possível que estes treinadores não tenham compreendido a importância do que existe no CT e por causa disso não tenham conseguido tirar nenhum proveito da sua estrutura. Imagino que em algum momento este pessoal deve ter pensado algo como: "Para que toda essa frescura se eu fui vitorioso num time que não tinha nada disso?”.
Na minha opinião este critério de escolha de treinadores é errado. Acho que deveria ser o contrário, ou seja, teríamos que buscar técnicos que (além de competentes, vitoriosos e experientes) se sentissem confortáveis em trabalhar com uma estrutura diferenciada e tivessem a mentalidade e a personalidade de profissionais, tirando proveito de todas as vantagens que o CT oferece. Alguns dos vários treinadores recentemente contratados pareciam que estavam sendo esmagados pela força da estrutura que estava ao seu dispor. Mostraram-se deprimidos e tímidos. Não tiveram energia e personalidade para treinar um time que tem as ambições que o Atlético diz ter.
Sei que a frase é batida, mas no caso do Atlético se encaixa muito bem: estamos escolhendo motorista de Fusquinha para pilotar uma Ferrari, ou na versão futebolística-atleticana: “treinador com mentalidade de Flamenguinho para trabalhar no CT do Caju”.
Para finalizar, uma última cornetada. A soma de todos os (meus) medos tem nome e sobrenome: Toninho Cerezo. Uma versão mineira do que aí está (ou estava). Será trocar seis por meia-dúzia.
Em tempo: o primeiro tempo do jogo contra o Goiás mostrou que nosso time não é ruim. Está ruim.
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