Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Amor de mãe

12/05/2006


O Atlético tentará se recuperar no Campeonato Brasileiro neste domingo contra o Santa Cruz, em Recife. Exceto por Fortaleza, este é o lugar mais distante que o elenco atleticano irá. Soa como castigo para os atletas passar o dia das mães tão longe delas. Mas talvez seja merecido, pois nem as próprias mães devem estar satisfeitas com as últimas atuações do time. Sem brio, qualidade e o mínimo de organização tática, este Atlético deve envergonhar até mesmo a família dos atletas.

Contraditoriamente, o que o time tem recebido nos últimos jogos é um verdadeiro amor de mãe. O apoio da torcida que lota, vibra e incentiva durante o jogo é algo espetacular, digno de uma mãe protetora de seu filho, mesmo quando este não faz por merecer, pois há muito tempo saiu da linha.

O Atlético não sofre como o Corinthians, perseguido pela sua própria massa de torcedores, assim como seu grande rival Palmeiras. Mas talvez, este excesso de mimo e proteção seja prejudicial, pois passou da hora do time acordar no campeonato e honrar a camisa atleticana ou ao menos respeitar a torcida, mais fiel impossível.

Apesar do mau momento não consigo enxergar vontade de reagir e mudar o panorama atual. Parece que a décima sexta colocação está sendo interessante, pois não leva o time à segunda divisão.

Espero que este dia das mães sirva para o elenco atleticano refletir sobre o apoio, a guarida e a retaguarda que recebe de seus torcedores. O mínimo que uma mãe quer, ou no caso, a torcida quer, é uma resposta. O carinho será sempre o mesmo, pois nos bons e maus momentos uma mãe não abandona seu filho, muito menos a torcida atleticana abandonará o Furacão, mas uma hora cansa amar sem ter um retorno. Afinal, ultimamente quem tem sido a mãe da história é o Atlético com os seus rivais, que nem mesmo a casa alheia tem respeitado!


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