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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Um gosto diferente
03/05/2006
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A vitória de sábado, contra o Botafogo, em pleno Maracanã, deixou algumas marcas de euforia, não apenas pelos importantes três pontos, mas pela grandeza da vitória. Talvez nem o mais otimista atleticano (como eu, em minha coluna no dia do jogo) acreditasse em uma vitória tão maiúscula.
Não assisti o jogo, apenas ouvi, mesmo assim era nítida a boa impressão que o time deixava em campo, minuto a minuto. A postura era outra, e a vitória, uma questão de noventa minutos. E quando todos já sonhavam com uma vitória, mesmo pelo placar mínimo, o pênalti a favor do time carioca detonava o restinho dos nossos sonhos. Não era possível, quando tudo dava certo, o gol de empate poderia abater de novo, não apenas o time, mas toda a nação atleticana, que em corrente positiva, já acreditava que os três pontos chegariam naquela noite.
“Na trave”. E o que era uma esperança, passou a ter um gostinho especial. O atleticano explodiu em alegria! Ninguém, desta vez nem o mais pessimista dos atleticanos, acreditava que a noite poderia não ser Rubro-negra. Se antes de entrar em campo, os ânimos já haviam sido modificados, com moral elevada e com a postura de um time vitorioso, o Atlético, desta vez o grande Atlético, tomou corpo e partiu, não para simplesmente vencer o jogo, mas para convencer o torcedor com mais um, mais dois e mais três gols. Se algo muito forte uniu a equipe em busca da conquista, que isto seja mantido, e que outras vitórias como essa venham nos devolver o sono e a alegria da comemoração. Ah, quanto tempo eu não comemorava tanto pelo radinho!
Respostas
Uma vitória aquece a alma, mas não apaga as marcas. Ainda espero as respostas por não termos um diretor de futebol. Bem sabemos que a última vitória do Atlético foi do time, do conjunto dentro de campo. Que isto fique bem claro. Deu tudo certo, mas imagino que todos os jogadores tenham “fechado os olhos” para grande parte de todos os problemas que vivem, no dia a dia, abaixo do nariz de cada um.
Ao meu ver, ninguém no meio da última conquista foi herói, com exceção de Pedro Oldoni, que aproveitou cada milímetro de seu espaço e marcou três vezes. Os demais, inclusive Pedro, foram excelentes gladiadores, revolucionários de uma situação, de um momento negativo que não poderia se estender por muito tempo. E que de agora em diante, o clube ofereça um pouco mais de confiança e estabilidade a estes jogadores, pois é com eles mesmos, e é com quem está aí, que vamos conviver, e quem sabe, comemorar um título este ano.
É preciso usufruir e sugar essa última vitória como o maior benefício dos últimos tempos. É preciso que Givanildo tenha segurança e liberdade para comandar o time. É preciso que se alie boa estrutura, bons resultados e boa administração, com futebol. Opa, o ponto G: futebol, este sim, deve ser o regente da grande orquestra. Aí sim, ninguém segura o Atlético.
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