Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

No grito

28/04/2006


O Atlético disputa a terceira rodada do Campeonato Brasileiro amargando a vice-lanterna da competição, sem esquema de jogo definido, frágil taticamente e coletivamente. Jogará fora de casa, contra o campeão carioca. Não que o futebol do Rio seja uma referência em qualidade, mas o Botafogo é um time bem acertado e sem os traumas que atualmente passa o Atlético.

Qual seria a receita para vencer? Não sei responder, inclusive acredito que ninguém saiba, pois senão estaríamos em uma situação bem mais confortável. Se não existe fórmula mágica para iniciar a recuperação, uma coisa é certa, somente com superação, vontade e determinação, o time pode sair do Rio de Janeiro com um ou três pontos.

O momento é preocupante e os próprios jogadores sabem disso, pois a má fase também os prejudica. Desvaloriza a todos. Jogador nenhum quer ser desvalorizado ou identificado como membro de um time fraco, perdedor, sem vontade de vencer. É importante para suas carreiras, então está na hora de deixar a fragilidade de lado e vencer “no grito”. Lutando mais que o adversário e querendo vencer. Assim pode ser possível superar as adversidades, ainda mais quando o rival é um time apenas regular como este do Botafogo.

Leão

Iniciamos a semana sonhando com o retorno de Emerson Leão, mas sua contratação foi apenas mais um factóide da imprensa esportiva paranaense. Neste momento, Leão não retornará ao Atlético. Somente o seu salário não seria empecilho, mas agregado à sua contratação viriam auxiliares (Pedro Santilli, por exemplo) e contratações (o treinador exigiria). Isso tudo custaria caro e não é a filosofia atleticana gastar muito dinheiro sem ter a certeza do resultado final. Resta avaliar se estes gastos “extras” não seriam essenciais para a salvação do time.

No caso de demissão de Givanildo de Oliveira, os candidatos deverão ser Antonio Lopes, Bonamigo, Ivo Wortmann, Toninho Cerezo, Evaristo de Macedo, Barbieri ou Tite. Duvido que alguém, além destes, esteja no plano do clube que dificilmente arriscaria novamente em uma incógnita ao sentir a água batendo cada dia mais forte.


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