Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Verdades?

11/04/2006


Algumas máximas nos seguem vida afora, mesmo sabendo que não são verdades tão verdadeiras. Atleticanamente falando é mais ou menos assim: o time não é bom como quem o montou nos disse, assim como quem o montou não é só feito de defeitos e fez, e muito, pelo Atlético.

As conquistas na vida são proporcionais às nossas aspirações, e quem manda no Atlético atualmente nos prometeu o céu, nos fez chegar às portas do paraíso com conquistas antes sequer imaginadas e nos devolveu o orgulho de ser atleticano, não há como contestar. Não adianta, de cabeça quente e fulo da vida com os resultados patéticos dentro de campo, ficar falando do patrimônio, se adoramos bater no peito e falar grosso com outros torcedores exaltando nosso CT e a maravilhosa Arena. Mas queremos saber é de futebol!

Porém, algumas verdades parecem bem claras, a menos pra mim, respeitando-se quem pensa o contrário. Não adianta espernear, os preços dos ingressos continuarão e ser caros, para alguns exorbitantes, para outros a melhor maneira de equilibrar o caixa. As contratações continuarão a ser modestas e como bem lembrado pelo amigo Juliano Ribas, várias dessas apostas deram certo, paciência se agora não estão dando. Além do mais, a nobre amiga Patrícia Bahr nunca se esquece que “craque” não garante título. Nos dá uma maior chance, sem dúvidas, mas não é garantia.

Algumas verdades são estranhas, como constatar por exemplo que só na Baixada há fiscalização para que a resolução da PM que proíbe entrada de alguns objetos como máquinas fotográficas valha mesmo. Domingo, na final do paranaense, vários amigos meus entraram com máquinas no Pinheirão, sequer sendo interpelados pelo policiamento. Só queria entender!

Com esse time, não se iludam, nossa posição será lá pelo meio da tabela, o que, em outras épocas, seria motivo de comemoração. Pelo andar da carruagem, teremos ainda mais um treinador até o final do ano e quem fizer o nome no Brasileiro, será fatalmente vendido antes do Papai Noel chegar.

Ninguém é mais atleticano que o outro, um porque comprou pacote ou o outro porque virou atleticano nos tempos de Pinheirão. Tempos, diga-se, em que só estávamos na Primeira para tentar ficar por lá e não exigindo, na maioria das vezes de maneira injusta, que sejamos campeões ou que tenhamos Libertadores todo ano. Libertadores que era um sonho há pouco mais de 10 anos, ou vai dizer que você não torceu pro São Paulo, o mesmo que nos atropelou na final ano passado na época de Raí, Zetti e do mestre Telê Santana?

Há verdades que caem por terra quando afrontadas por fatos concretos, outras que teimamos em não aceitar e ainda aquelas que somente nós acreditamos. Gostaria apenas, que da mesma maneira que o pai coloca o filho de castigo para o seu bem e que por vezes uma simples alisada nos cabelos do filho fale mais do que mil palavras, que nossos mandatários olhassem com um pouco mais de carinho para o torcedor atleticano, aquele que independentemente de tudo, ama esse time, com seus feitos e defeitos.

Vida nova a partir de domingo, contra um antigo freguês e com nosso respeito ao arqueiro que até a pouco nos defendeu (bem ou mal, fique a seu critério julgar), sempre com muito orgulho.

ARREMATE

As dificuldades derrotam os fracos mas fortalecem os grandes.


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