Patricia Bahr

Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.

 

 

Ajustes fundamentais

27/08/2002


Aos poucos o Atlético Paranaense vêm reencontrando o futebol do Furacão do ano passado e já figura definitivamente entre os possíveis candidatos ao título Brasileiro – o tão sonhado bi-campeonato...

Com a demora na definição do elenco, o técnico Valdyr Espinosa teve que ter paciência e arriscou em nomes desconhecidos para encontrar uma equipe titular. Mas agora, com a renovação de Gustavo e Cocito e com a volta de Alex Mineiro e Ilan, o Atlético vive um feliz dilema: existem várias opções para posições-chave, como o meio de campo e o ataque. E todos sabem que um clube vencedor precisa ter onze titulares bem entrosados, mas um banco com qualidade.

Gradativamente, os jogadores estão se adaptando ao 4-4-2 do novo treinador e o futebol para o ataque que encantou o país no ano passado está voltando.

Mas de todo elenco atleticano, temos que reconhecer o talento e a qualidade de dois destaques. O primeiro deles já era natural que um dia seu futebol que mescla vontade e raça despertasse a simpatia do torcedor. Trata-se do lateral-equerdo Fabiano, o principal termômetro da equipe. Sempre com um futebol eficiente e de força, Fabiano desencantou inclusive a marcar gols neste Brasileirão – já foram dois em quatro jogos. Dono absoluto do setor esquerdo do time, Fabiano já havia se destacado como ala na campanha vitoriosa do ano passado – foi dele o chute despretensioso na partida final, que Silvio Luiz do São Caetano rebateu e culminou com o golaço de Alex. Esperamos que ele continue com esse desempenho, que invariavelmente vai colocá-lo na seleção dos melhores do Campeonato.

Apesar de Fabiano ser o menino dos olhos do Atlético nesse início de Brasileiro, não podemos jamais esquecer da nossa principal surpresa: o goleiro Adriano Basso. Todo mundo sabe que o Flávio é um grande ídolo da torcida atleticana, e suas atuações destacadas fizeram com que a torcida e o time tivesse segurança em seu futebol.

Pois bem, Flávio se contundiu e entrou em cena um goleiro que poucas vezes atuou na equipe titular, mas não comprometeu em nada o desempenho do time nos jogos em que atuou. Pelo contrário, fez belíssimas defesas contra o Vasco da Gama, garantindo a vitória e os três importantes pontos.

Volto a repetir: todo elenco campeão precisa ter excelentes titulares e reservas à altura. E se todo grande time começa com um grande goleiro, o Atlético pode ficar tranqüilo, pois possui dois excepcionais camisas número um.


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