Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

A força que vem de fora

04/04/2006


Alguém se lembra do início da Seletiva de 1999? Após uma eliminação frustrante das quartas-de-final do Brasileiro no escaldante sol de Ribeirão Preto, contra o já rebaixado Botafogo, restou ao Atlético vencer o Sport na rodada derradeira do campeonato e apostar todas suas fichas naquele novo torneio que credenciaria o campeão para a Libertadores da América. Desacreditado pela torcida e pelos próprios jogadores, o Atlético parecia caminhar para nova decepção após perder no jogo de ida para a Portuguesa, por 3x1, no Canindé. Em casa, a força da recém inaugurada Arena da Baixada foi decisiva para a classificação. Suados 2x0 na Lusa e caminho aberto para o triunfo!

Desta vez é a eliminação para a modesta Adap de Campo Mourão que tira o sono dos torcedores e dos próprios atletas rubro-negros. O momento não é bom, pois em um ano promissor, nada foi atingido dentro de campo, salvo algumas goleadas (agora) inúteis e uma bela estréia na Copa do Brasil contra o limitado Moto Club do Maranhão.

Mas nem o mau momento pode afastar o torcedor da Kyocera Arena nesta quarta-feira. Exemplos de superação no passado são vários. Falta ao Atlético despertar, encontrar-se como um bom time de futebol! Talvez uma boa e motivante classificação amanhã seja o ingrediente necessário para o Atlético encontrar seu rumo nesta copa nacional e credenciar-se definitivamente como um forte candidato ao título. O caminho está escancarado, pois até a semifinal, apenas o Vasco, da primeira divisão, pode nos enfrentar. Os demais adversários são da terceira divisão, ou nem isso, como o incômodo Volta Redonda.

A saudade de casa (não jogamos na Arena desde a fatídica derrota para a Adap em 18 de março) e a necessidade do apoio da torcida, pois o próprio time já desconfia de seu próprio potencial, obrigam o torcedor a fazer sua parte, algo simples: comparecer ao estádio e apoiar irrestritamente o Atlético. Tenho certeza de que a força da magnífica torcida atleticana, aliada à mística da Kyocera Arena e ao talento (no momento dormente) de nossos atletas nos levará à classificação para as oitavas-de-final da Copa do Brasil. Depois será outra história e acredito que sem este peso emocional, tudo será mais fácil e o time começará a deslanchar rumo a vôos mais altos, tanto no Campeonato Brasileiro como na Copa do Brasil.

Portanto, saia de casa, vá ao estádio, apóie, grite, incentive e saia de lá contente. Neste momento precisamos acolher nosso filho, Atlético, que está pressionado e abalado psicologicamente. No futuro colheremos os frutos deste apoio. Apoiar apenas nos bons momentos é cômodo. Superar as adversidades nos faz mais fortes e unidos. Esta união entre torcida e time sempre pautou a história do Furacão e precisamos escrever um novo capítulo!


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