Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Ditos e ditames

28/03/2006


Alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo

Era tudo o que a imprensa paranaense queria! Logo ele, justo o “poderoso” Atlético eliminado do Paranaense. Logo o Atlético, apontado até mesmo pela imprensa verde como favoritíssimo ao título, fora do campeonato pelas próprias pernas e com a ajuda providencial da arbitragem.

Justo o Atlético, que restringe o trabalho da imprensa. E pensar que nem seria preciso né, afinal, o que a imprensa cobre hoje em dia do Atlético?

Pau que nasce torto nunca se endireita

Vai treinador, vem treinador, muda esquema e dá-lhe sofrer gols de cabeça! O mais estarrecedor é perceber que no ataque, tanto Danilo quanto Paulo André fazem seus gols, mas na defesa é um Deus no acuda.

E, na boa, zagueiro tem que colocar faca entre os dentes, carinha de modelo e tiara pra segurar a franja já enche de confiança o adversário. Mais seriedade e menos maquiagem moçada.

Em terra de cego, caolho é Rei

Vá lá, um jogador acima da média, mas Ferreira não é craque. Porém, a carestia de talento no time atleticano, mesmo com a Diretoria insistindo na tese que temos um time forte, faz dele o diferencial.

Só para lembrar, fizemos campanha memoráveis em 2001 e 2004 pois tínhamos ao menos um acima da média, com toque de Midas ou faro de gol apuradíssimo: Souza e Washington respectivamente. O Corinthians é só Tevez? Pode ser e com ele foi campeão.

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

Profissionalismo, apego, dedicação, trabalho duro. Lothar nossos ouvidos de coisas fáceis de falar e não tão fáceis de cumprir é moleza! Coisa para inglês ver. Ou para alemão!

Mais vale um pássaro na mão do que dois voando

Pra quem sonhava com uma tríplice, ou até mesmo quadrupla coroa, ter que vencer o modesto Volta Redonda para passar de fase na Copa do Brasil, após perder duas vezes seguidas e ser eliminado do Estadual pelo time das letrinhas, que jogou três e perdeu todas para o fraco time alviverde, é de doer.

Cabeça vazia, oficina do diabo

Muito tempo sem jogo e o time já estava no mundo da Lua em partidas decisivas do estadual. É preciso (e confio plenamente nisso) que Mestre Giva coloque o povo pra ralar mesmo e concentrado, focado e com vontade de vestir essa camisa com orgulho e muita raça.

Na prática a teoria é outra

Beleza, trabalho científico, melhor CT, melhor estrutura e blá blá blá. Agora, vamos transportar tudo isso pra dentro das quatro linhas e vencer?

O amor é cego

Apesar de tudo, da vontade de não ir mais ao estádio, de deixar tudo pra lá, desacreditar nas coisas, é incrível a saudade e vontade de estar lá, gritando, pulando, incentivando o time.

Como me foi dito pelo amigo Franco, na década de 70 (aquilo sim era sofrimento, nós eternamente no lixo e “eles” ganhando de tudo), havia um adesivo que dizia: “Atlético, você é uma merda, mas eu te amo”. Lindo!

Se a jabuticaba é pouca, engole-se o caroço

Moçada, não deu na técnica, vai na raça mesmo. Os jogadores do elenco atual, ao invés de só pensarem em transferência, dólares e euros, deveriam saber que sempre fomos caracterizados como time da raça, time do coração.

A torcida até perdoa jogador que não é essas coisas, historicamente formamos poucos “esquadrões”, mas uma característica imutável sempre foi nossa garra, nossa vontade de vencer e não essas cabeças baixas e desânimo que temos visto em campo.

A esperança é a última que morre

Nem quando os oceanos secarem, quando no deserto não haja menor sinal de vida, nem quando cair a última folha da árvore, podemos deixar de acreditar. O Atlético é grande, é maior que tudo isso, que todas essas dificuldades e juntos, torcida, time e diretoria, somos fortes.

Como diz o lema da Fanáticos, e um ditado já famoso entre nós rubro-negros: O ATLÉTICO NOS UNE, A UNIÃO NOS FORTALECE

ARREMATE

Quem deu o que deu a Matthaus, vai ter que dar o mesmo pro Givanildo.

Auto explicativa...


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