Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 44 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Preocupação

16/03/2006


Neste sábado teremos uma partida decisiva contra o Adap, na Baixada. Teremos o time quase completo, o estádio provavelmente cheio. Ainda assim, eu, assim como outros atleticanos, não consigo afastar uma certa preocupação com relação à partida.

Dagoberto joga, o que já é um alento. Mas, infelizmente, não faz milagres sozinho (como ficou provado no jogo contra o Jotamalucele na Arena). O time ainda não encontrou uma regularidade neste ano, pelo contrário, tem feito partidas muito fracas como esta última em Campo Mourão.

Outra preocupação é o esquema tático. Será que, dentro da Baixada, com a força da torcida, e contra um time do interior, vamos repetir a formação com três zagueiros e dois volantes? Vamos delegar a Alan Bahia a função de atuar como meia-ofensivo? Neste caso, minha preocupação, que hoje é pequena, aumentará signiticativamente.

O fato que deixa o torcedor ainda mais com a pulga atrás da orelha está no banco de reservas. Ao que tudo indica, Matthäus ainda não conseguiu limpar sua barra na Alemanha e não deve voltar ao Brasil tão cedo, o que significa: Vinícius Eutrópio no comando do time. O interino não conseguiu emplacar bons resultados antes da chegada do alemão, e na última partida demonstrou fragilidade. Aliás, não sei por quê a diretoria não optou por deixar o cargo com Borba Filho, que se não é um grande estrategista, pelo menos segurou o cargo de interino com êxito no ano passado, e disputando uma competição bem mais complicada (Copa Libertadores).

Minha intuição diz que, quando se lida com algo do que não se tem pleno domínio, o ideal é não inventar. E, para mim, conseguir administrar o time neste 3-5-2 desta forma (priorizando os jogadores de marcação) é coisa para quem entende muito do riscado. Vamos lá, Vinícius, que tal fazer o feijão com arroz, e entrar em campo com Tiago Cardoso (é o da vez); Cristian (é o jeito), Paulo André, Danilo e Michel (que tem evoluído bastante); Erandir, Alan Bahia (jogando na sua, como segundo volante), Evandro e Ferreira; Dagoberto e Pedro Oldoni?


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