Sergio Surugi

Sergio Surugi de Siqueira, 66 anos, é Atleticano desde que nasceu. Neto de um dos fundadores, filho de um ex-presidente do Atlético, pai e avô de Atleticanos apaixonados, é doutor em Fisiologia e professor. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.

 

 

Cadê Mateus?

10/03/2006


Sei lá! Acho que muito pouca gente sabe e quem sabe não conta. Ou conta e ninguém acredita. Sei lá!

Enquanto isso a galera (eu junto) divaga, viaja na maionese.

Tem a hipótese da Seleção Alemã, idéia apoiada na iminente fritura do Juergen Klinsmann. Aí vem outro e diz que jamais os alemães trocariam de técnico tão perto do início da Copa, aliás, segundo estas mesmas fontes, na Alemanha é raro um técnico ser fritado. Nem com o Beckembauer corneteando. Nem pensar! De fatos da vida pessoal, não sei e não quero saber. Acho que a vida privada de alguém é sagrada e merece ser preservada, portanto pulamos esta parte e vamos diretamente para os fatos divulgados pela imprensa:

1. Outro dia li no site do Matthäus, uma entrevista em alemão e com a ajuda de um tradutor on line (se é que se pode confiar nestes troços), soube que ele teve uma conversa com o Presidente do Atlético (não dizia se foi o do Conselho Deliberativo ou do Conselho Diretor), na qual ficou claro que o projeto Matthäus/CAP é para longo prazo. Esta afirmação foi dada por ele próprio em resposta a uma pergunta do repórter germânico que questionava a cultura brasileira (no geral) e do próprio Atlético (em particular) de trocar freqüentemente de técnico. O jornalista inclusive citou o número de treinadores que o Atlético teve na temporada passada. CONCLUSÃO: Se isso for verdade, parece que Matthäus fica.

2. Na terça–feira passada, após a vigência das novas regras para a cobertura jornalística no CT do Caju, surgiu a informação de que havia sido marcada uma entrevista coletiva do treinador. Segundo a Rádio Transamérica (não sei como descobriram), o técnico se reuniu com os presidentes Fleury e Petraglia e depois da tal reunião (se é que ela aconteceu), teria sido visto sair do CT apressadamente (segundo a mesma fonte, quase derrubando a cancela da portaria). O relato do repórter prossegue descrevendo que em outro carro, algum tempo depois, saíram os presidentes e o intérprete de Matthäus. Para a surpresa geral, no mesmo dia se anuncia, através de nota no site oficial do Atlético, que Matthäus estaria viajando para a Europa. Nada além disso. CONCLUSÃO: Se isso for verdade, parece que Matthäus se foi.

3. Paralelamente a tudo isso, aparece na imprensa uma declaração, supostamente atribuída ao representante da empresa com a qual Matthäus tem algum tipo de contrato (não saberia precisar qual, mas parece que é sua representante no Brasil), dizendo que ele (o Matthäus) tentaria voltar antes do fim de semana e se reintegraria ao Atlético. Nosso presidente Fleury também aparece e esclarece que estas viagens já estavam previstas. CONCLUSÃO: Se for verdade, parece que Matthäus fica.

Enquanto isso nós que vibramos com o presente que foi a contratação do Matthäus, continuamos preocupados. Mais que preocupados, continuamos viajando na maionese e torcendo para que esta viagem às vésperas de dois jogos decisivos pelo Paranaense e Copa do Brasil, não tenha sido mais do que uma simples viagem na maionese.

Cadê Mateus? Sei lá! Não importa!

Sabem o que mais? Eu, com os meus 48 anos de Baixada (era assim que a Kyocera Arena se chamava), já devia ter aprendido que o que importa mesmo é detonar a ADAP e logo em seguida o Voltaço.

Já devia ter aprendido que não importam os jogadores, os técnicos, os diretores. O que importa é o meu querido Atlético.

Já devia ter aprendido que não se deve viajar na maionese.

Muito menos em véspera de decisão.


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