Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Quem sai?

06/03/2006


Foi a melhor atuação do Atlético em 2006. O carrossel no meio-campo, liderado por Evandro, transformou a partida contra o Cianorte naqueles jogos em que a gente não quer que termine. Mesmo num esquema onde a maioria entende ser defensivo, Lothar Matthäus deixou o rubro-negro encorpado e com o excelente Pedro Oldoni em campo passou a jogar reto, para o gol. Até mesmo as jogadas dos alas Jancarlos - um dos únicos que ficou devendo - e Michel Bastos passaram a ser objetivas, não apenas bolas cruzadas da linha de fundo que quase sempre são barradas pela defesa.

Justamente no momento decisivo no Campeonato Paranaense o Furacão modelou o time para a seqüência das competições. A única dor de cabeça do alemão vai ser a entrada de Dagoberto no time. Quem deve sair? Oldoni mostrou ter mais categoria do que Denis Marques, Selmir e Cléo juntos. Um atacante com forte presença na área faz com que Dago jogue mais solto, fugindo da marcação adversária evitando "sapatadas" que vem recebendo nos jogos. Uma dupla Pedro-Dagoberto seria bem-vinda para o futebol brasileiro.

Evandro e Ferreira são intocáveis. O que fizeram em campo no domingo foi digno de dia de entrega do Oscar. E como excluir Paulo André, Danilo, Alan Bahia ou Erandir? Ainda com a escalação de 2001 na cabeça, cada um faz a função de Gustavo, Rogério Corrêa, Cocito e Kleberson, respectivamente. Enquanto a zaga começou a se posicionar de maneira correta, Alan e Erandir são exemplos de volantes modernos. Roubam a bola e distribuem para o ataque com perfeição. Alex é o único que ainda parece perdido dentro do esquema. Só que destruir o cinturão defensivo para que Dagoberto volte ao time não parece ser a maneira mais inteligente de tratar esse saudável problema.

Um único atacante não dá. Deixar Dago e Pedro no banco, agora, é impedir o brilho de um Campeonato Paranaense que até agora só serviu para mostrar a superioridade rubro-negra.

Dá para jogar com 12?


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