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Juliano Ribas
Juliano Ribas de Oliveira, 51 anos, é publicitário e Sócio Furacão. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2007 e depois entre março e junho de 2009.
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Empreitada rubro-negra
04/02/2006
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Contra o "Galo Maringá" - entre aspas, porque para mim este time sempre foi o GEM, o Grêmio Maringá - na Kyocera Arena, o técnico Mateus inicia verdadeiramente sua saga rubro-negra, no outrora prestigiado Campeonato Paranaense, dando o primeiro passo no Paraná, para juntar-se a Geraldo Damasceno, Nelsinho Baptista, Zé Duarte, Abel Braga, Oswaldo Alvarez entre outros muitos que ganharam o caneco estadual. Um pequeno passo para o alemão, mas um enorme passo para a nação atleticana, perdoe-me Neil Armstrong.
A dimensão desta empreitada germano-brasileira-rubro-negra é enorme. Ultrapassa fronteiras, o mundo estará olhando para a Rua Buenos Aires, 1370, o endereço de nossas vidas. Todo mundo quer saber o que o Mateus vai aprontar por aqui. Se o mundo estará ligado em nós, por que a nação rubro-negra, não? É para encher todo o jogo daqui pra frente, a gente tem um nome a zelar, povo atleticano. Nunca antes no Brasil se pensou em trazer uma figura deste quilate para nossa plagas, e estou falando das plagas sul-americanas, não só paranaenses. Pergunto: a torcida atleticana não tem essa de dizer que é a melhor, mais fiel, que mais empurra o time? Então. Que mostre agora, nesta hora importante e sui-generis. Será difÃcil a vida do Mateus por aqui. Qualquer derrota vai ser desconfiança, a mÃdia nacional, paulista, pra deixar bem claro, em suas Folhas, Estadões e afins, não vai perder a chance de comentar com pesada pena alguns dos tropeços do alemão.
Nada melhor do que um estádio lotado para ajudar nesta empreitada, que não é só do Mateus, mas minha, sua, do Petraglia, do Fleury, do vendedor de pipoca da Arena, do cara que anuncia no alto falante, de todo mundo. A atração vai estar lá, pelo menos uma vez por semana, à beira do gramado, na área técnica. E tem que ficar até o final do ano. É questão de honra que o Mateus fique até o fim deste ano e, quiçá, quiçá, quiçá, ou perhaps, perhaps, perhaps, no melhor estilo Nat King Cole, renove o contrato para 2007. Nada de visões extremamente pessimistas, nada de deixar de acreditar no primeiro fracasso ou má apresentação. Qualquer atitude autofágica é deletéria. Temos uma missão este ano que é a de zelar pelo nome Rubro-Negro, pois quem está na chuva é pra se molhar, então que a nação atleticana fique ensopada.
Pela totalidade do contrato de Mateus. Vamos que vamos nessa. Se a gente rompeu paradigmas contratando um europeu consagrado como jogador, que entende tudo de bola e acabando com a mesmice que é o mercado de técnicos brasileiros, que se restringe a Luxemburgo-Leão-Antônio Lopes, temos que ir até o fim. Que o Mateus faça a sua parte, mas um pouco de benevolência de nossa parte não fará mal.
Todos na Arena hoje, e nos próximos jogos, sem frescura, sem papo de ingresso, quem puder que vá, nada de ferrugem nas juntas. A gente nunca esteve tão motivado como agora. Se é que precisa motivo para ver o Atlético. Deixe a corneta em casa, pegue as pastilhas Vick, como diz o amigo colunista Silvio Rauth, e mãos à obra. Ou melhor, garganta à obra. Você vai ser visto nos quatro cantos do mundo, fazendo o Caldeirão ferver, meu amigo.
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