Sergio Surugi

Sergio Surugi de Siqueira, 66 anos, é Atleticano desde que nasceu. Neto de um dos fundadores, filho de um ex-presidente do Atlético, pai e avô de Atleticanos apaixonados, é doutor em Fisiologia e professor. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.

 

 

Para começar, domingo

04/02/2006


Muita gente, confundida com o termo “fim de semana”, não se dá conta que o domingo não é o ultimo, mas o primeiro dia de cada nova semana.

Para nós atleticanos, o começo desta nova semana será marcado por várias novidades e provavelmente aquelas que irão chamar mais a atenção estarão sentadas no banco dos reservas. Dagoberto deverá retornar e ainda por cima com uma aparentemente espetacular chuteira nova. No mesmo banco, na direção do time, estará ninguém menos do que o também espetacular Lothar Matthäus.

Ambos se constituem no maior orgulho dos atleticanos na atualidade e também é exatamente na capacidade destes dois personagens que se depositam todas as boas expectativas para um 2006 vermelho e preto.

Apesar de todo o entusiasmo em torno do desempenho dos dois craques, devemos ser cautelosos e principalmente tolerantes com ambos. Assim como Dagoberto, Matthäus já não precisa provar muita coisa no mundo do futebol. É fato que ele está no início de uma carreira como treinador, porém não se pode dizer que alguém que é recordista em participações brilhantes em mundiais e que passou por tantos times importantes, não esteja credenciado para passar a sua experiência para outros jogadores.

Matthäus chegou implantando uma nova filosofia de trabalho no Atlético e eu já ouvi de alguns comentaristas, críticas ou mostras de desconfianças nesse sentido. Bobagem.

Matthäus está se comportando como se comportam os treinadores europeus, com os quais ele conviveu e compartilhou sua carreira vencedora e isso só poderá trazer ganhos para os jogadores que passarão a ser dirigidos por ele. Primeiro porque é a oportunidade de “domar o talento” do jogador brasileiro com boa dose de disciplina no trabalho, segundo porque se o sonho da maioria dos jogadores brasileiros é conseguir uma oportunidade de desfrutar da fama e dos Euros, trabalhando no Velho Continente, nada pode ser mais adequado e inteligente, do que já ir se acostumando ao grau de exigência profissional vigente na Europa.

Se os jogadores do Atlético perceberem que estão tendo uma chance de ouro de crescer como atletas e como trabalhadores, certamente se adaptarão rápido ao estilo Matthäus e o ajudarão no seu projeto inovador de juntar o talento com o profissionalismo.

E a galera deve ter paciência.

O futuro é nosso, o rumo é este, mas, assim como a nova semana, a caminhada estará só começando neste domingo.

Em tempo: gostaria de pedir mais uma vez à galera atleticana que prestigie e ajude na execução de mais um mosaico, que está sendo organizado por um grupo de criativos e inteligentes companheiros de paixão, agora com a finalidade de dar as boas vindas a Lothar Matthäus. Quem pretende ir ao jogo (espero que uma grande quantidade de torcedores), deve procurar ingressos para o Setor BA Superior (reta, atrás do gol), onde será realizada a coreografia. Lá encontrará o pessoal da organização do mosaico, que dará as instruções para a participação de cada um.


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