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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Mil e um motivos
03/02/2006
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Apenas um motivo bastaria: ver o Atlético em campo. Para muitos, uma rotina extremamente satisfatória, alimento da alma, combustível para o organismo. Ver o Atlético na Baixada significa muito mais do que estar próximo do clube do coração. Existem vários significados, mas o maior deles é sentir-se parte do espetáculo. Ah, como é bom estar na Baixada!
Quarta-feira, contra o Cianorte, quase 7 mil fiéis atleticanos fizeram um “aperitivo” de um dos jogos mais esperados desde o início do ano. Poderia ser um jogo simples, mas não será. Sabemos que não será! O primeiro jogo do returno do campeonato paranaense entrará para a história do Atlético e de todos os torcedores que estiverem presentes na Kyocera Arena.
Mais de um motivo para ir ao jogo? Tudo bem, temos muito mais motivos além do maior deles, o Atlético. Teremos no comando do Atlético, a contratação mais ousada do futebol brasileiro. Lothar Matthäus assumirá um dos maiores compromissos de sua carreira. Ao seu lado, milhares de atleticanos ansiosos por uma bela estréia do alemão e esperançosos de que a partir deste jogo as coisas voltem aos seus lugares. O Atlético não anda bem, carece de organização em campo e de uma estratégia de jogo realmente vitoriosa.
Matthäus já sabe muito bem o que vai encontrar na Baixada, domingo à tarde. Já tem uma idéia das exigências e da expectativa da torcida atleticana. Já conhece um pouco, apenas um pouco da nossa paixão e do nosso entusiasmo. Já percebeu a força e o encanto do caldeirão, e precisa fazer disso, um dos seus maiores aliados. Lothar Matthäus precisa descobrir que é fundamental conquistar o torcedor atleticano, com garra, com vontade e com ousadia. Precisa, mais do qualquer coisa, vencer! Vencer e estabelecer com a torcida do Atlético, a partir de domingo, uma parceria e uma boa amizade. Isso é importante para o Atlético.
E por falar em vencer, nós também queremos ver um Atlético competente, raçudo, veloz, determinado. Um novo Atlético. Queremos um Atlético com outra alma, ou com o mesmo espírito que os jogadores mostraram no segundo tempo contra o Cianorte. E mais um motivo vem aí: Dagoberto deve retornar, e deve dar um sangue novo ao Furacão. Ninguém espera o contrário, e impossível não admitir que estamos todos felizes com o volta do atacante. Estávamos contando os dias, as horas, os minutos. Torcemos muito pela volta de Dagoberto, e precisamos estar lá, para apoiar e apreciar seu belo futebol, o mesmo que pode mudar o destino do Atlético.
Ainda com as possibilidades dos retornos de Ivan e Fabrício, e contando com a bela festa que está preparada pelo pessoal do mosaico, além da belíssima festa embalada ao som da torcida organizada, teremos motivos de sobra para assumirmos apenas um compromisso no próximo domingo: estar ao lado do Atlético. Não haverá outro caminho. Todos os caminhos levarão à Baixada!
Seja bem vindo Lothar Matthäus! Seja bem vindo, novo Atlético!
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