Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 44 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

O ano do Alemão

01/02/2006


Hoje deve iniciar-se uma nova fase no Atlético. A pré-temporada que desgastava os jogadores ficou para trás, Matthäus já começou a dar seus pitacos nos treinamentos e hoje assistirá o time pela primeira vez, embora ainda não figure no banco de reservas.

Será que Matthäus vai dar certo como treinador do Atlético? O tempo dirá. É mais uma aposta da diretoria, porém com duas diferenças. A primeira é que, com pouco tempo de carreira, o alemão já possui um título nacional, na antiga Iugoslávia. Pode não parecer muita coisa, mas quantos treinadores dos principais times do país já têm um título nacional em seu currículo? Não muitos, e a maioria dos que têm são os que cobram salários exorbitantes.

A segunda e principal diferença entre Matthäus e os outros nomes em que a diretoria confiou o cargo de treinador do Atlético como “aposta” é o respeito com que será encarado pelos jogadores do Clube. Jogador de futebol pode ter seus defeitos, mas uma coisa que não se pode negar é o respeito e admiração com que encaram aqueles que foram bem-sucedidos na profissão. Recordista de partidas disputadas em Copas do Mundo, Matthäus faz brilhar o olho dos jogadores atleticanos, como vimos nas imagens gravadas ontem no CT do Caju. Muito diferente, por exemplo, de um Heriberto da Cunha, que chegara ao Atlético como completo desconhecido e para receber salário menor que o dos principais jogadores do time. Esta situação acaba impedindo um respeito maior pelo treinador, e às vezes por isso as coisas acabam não dando certo.

Destino

Anjos são todos aqueles que na Terra renunciam a si próprios em benefício dos que amam

Azurita Dalla Bona Medeiros viveu para ajudar os outros. Presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, caiu em uma infeliz ironia do destino. Com a raça de uma verdadeira atleticana, lutou por quase três anos contra o câncer, mas partiu hoje, no dia em que seu Atlético entra em campo para mais uma batalha. Hoje, o radinho barulhento não estará mais ao lado de sua cama. Mas sua alma, agora descansada, continuará acompanhando e mandando energias para o Furacão.

Vá com Deus, Azurita. Quem a conheceu tem certeza de que a recepção que Ele te dará será a melhor possível.


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