Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Segue o baile

18/01/2006


Nunca menosprezei o Campeonato Estadual tanto quanto este ano. Acho que a falta de interesse das televisões fez com que eu também ficasse de olho virado para a maior competição organizada pela Federação Paranaense de Futebol. O principal motivo de disputar partidas contra Galo Maringá, J. Malluceli ou ADAP é uma vaga na Copa do Brasil. Só que até mesmo a CBF já abriu um critério de ranking para os anos seguintes, não havendo a necessidade de ser campeão ou vice para entrar no torneio.

Desinteresse do torcedor, caixa em baixa e jogadores atleticanos não empolgados fazem do Paranaense 2006 uma competição em que as menores equipes querem provar que podem fazer frente ao Furacão. Todos querem vencer o time do alemão Lothar Matthäus antes mesmo de ele se abrigar no banco de reservas. Hoje em dia, ganhar do Flamengo, Atlético Mineiro, Grêmio ou Bahia e Vitória não faz o mesmo efeito na cabeça do torcedor do que ganhar do Rubro-Negro da Baixada.

E com a mesma vontade de uma partida de Copa do Mundo, os jogadores do Nacional de Rolândia vão pisar no solo sagrado da Kyocera Arena. Com um estádio que promete não mais do que 7 mil torcedores, a vida do time do interior vai estar em jogo. Despreocupado - e com razão - o Atlético vai tentar os três pontos.

A vitória atleticana é obrigação, mas que é duro encarar uma partida assim, isso é. Pelo menos vamos ver Adriano com a camisa atleticana de novo.


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