Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Umas e outras

17/01/2006


Entre umas e outras pensei em algumas. Atlético, treinador novo, jogadores que não vingaram, Seleção em ano de Copa, nossos rivais, verão, férias, término da Baixada, negociações, lucros, dividendos, loiras, morenas, jogadores novos. Tá tudo separado apenas por parágrafo, vamos lá.

* A diferença prática da vinda de Casemiro Mior em 2005 e de Lothar Matthäus em 2006, qual é? Nenhuma. Ambos estavam no exterior e pouco conhecem do futebol brasileiro e suas peculiaridades. O respeito e paciência que todos teremos, inclusive a imprensa, com o alemão é que serão muito maiores. Enquanto ele não começar a mostrar seus métodos de trabalho, nada podemos declarar, mas que a sacada foi inteligentíssima isso foi, sem dúvida.

* Em ano de Copa não adianta, todo mundo dá pitaco sobre a Seleção. Me preocupa ver que o pragmático Parreira parece só ter dúvida se levará Gilberto Silva ou Gustavo Nery para ser reserva de Roberto Carlos e que Alex e Ricardinho disputam a última vaga disponível. Os laterais titulares estão mal, Cafu é até banco e Roberto Carlos não é, faz quase um ano, o fogoso ala que apoiava o ataque e que batia forte na pelota. Além de Dida, que desde que voltou de contusão em meados de dezembro, está mal. Pior ainda é saber que Parreira não deve mexer no time.

* Assistindo tapes do Mundial Sub-20 e outros jogos de categorias de formação, me deparei com um problema. Como são marrentos os jogadores, ainda jovens e que tem muito feijão pra comer no mundo da bola. Cavam faltas, buscam sofrer pênalti ao invés de fazer gols, reclamam com a arbitragem e ficam simulando o tempo todo. Mais do que na hora de rever conceitos.

* Outro conceito que deveria ser revisto é sobre atletas que estão no quinto vestibular e nunca vão para a segunda fase. Mais específico? Rodriguinho, promessa desde 2002, e que só se fez notar por causa de problemas extra-campo. Dentro das quatro linhas seu feito mais notável foi ter jogado ao chão o manto sagrado rubro-negro e ser expulso quando seria substituído, num jogo que acabamos empatando com o Malutron. E hoje em dia é titular, vá entender!

* Dagoberto. Na boa, já me encheu, como a muitos outros atleticanos, o desencontro de informações sobre a volta do craque. Jóia máxima dentro do elenco atleticano, jogador único no Brasil, Dago tem que jogar. Não adianta só o vermos na fisioterapia ou dentro dos games de computador, quero ver o craque humilhar adversários, entortar defesas, marcar gols e levantar canecos. Mais ação, por gentileza!

* Aloísio quer ficar? Perder dinheiro, trazer o jogador sem que ele queira, diretoria do tricolor querendo que ele fique, mas sem pagar a pesada multa rescisória? Complicado. A verdade é que fomos buscá-lo no ostracismo do futebol russo, o tivemos por um ano sem que jogasse muito, pois freqüentou mais o departamento médico que os campos, emprestamo-lo ao tricampeão do mundo e agora vemos ingratidão? Fazer o que? Confio na sabedoria dos dirigentes atleticanos.

* E agora que Diego foi pro Fluminense e grande parte da diretoria está apoiando Petraglia, vão reclamar de que? Ah, e se fosse o goleiro gaúcho que levasse dois gols de cabeça dentro da área, mesmo que não tivesse culpa alguma, como não teve Tiago domingo passado.... Coisas da vida!


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