Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Técnico no DM

05/01/2006


No dia 29 de dezembro do ano passado, em sua coluna, meu amigo Ricardo Campelo sugeriu que anotássemos o nome de Toninho Cerezo, como nome certo para comandar o Atlético. Pois bem, anotei. Na mosca!

Pelo que temos acompanhado e pelas próprias declarações dos nossos dirigentes, a possibilidade de Cerezo não assumir o Atlético é praticamente nula. Apesar de estar no departamento médico, antes mesmo de sua contratação, a diretoria Rubro-negra mostra paciência e objetividade. Deseja o acerto com Cerezo, embora a mensagem ao torcedor atleticano é que a pressa não existe.

Tá certo, não existe a pressa, mas existe o “querer” e o “precisar”. Estamos bem próximos do início do campeonato paranaense, mais precisamente uma semana nos separa do primeiro jogo, e se há pela primeira vez em dez anos um planejamento mais forte e mais concreto, nada melhor do que iniciar os jogos de 2006 com um técnico efetivo.

Confesso que minha preferência era mesmo por Muricy Ramalho, não apenas pelo fator motivador, características de um técnico moderno, mas principalmente pela sede e pela grande vontade que Muricy deve estar sentindo em buscar um título. Ele mesmo afirmou em entrevistas no final do campeonato brasileiro que o título não deveria ter escapado do Internacional, mas que por diversas vezes seu time foi injustiçado e quando fatos óbvios colocavam o colorado na frente do campeão Corinthians, algo ou alguém (leia-se Márcio Rezende de Freitas) não permitiu que o time de Muricy mostrasse seus méritos.

Tendo a consciência de que o fator financeiro pesa e muito nos dias de hoje, e também sabendo que a diretoria atleticana possui fortes desejos, mas ainda não está dotada de loucura, Muricy seguiu seu rumo e surge o nome de Cerezo como quase certo para iniciar os trabalhos no CT.

Eu acredito em qualquer decisão que seja tomada neste ano por Petraglia e Fleury, é o mínimo que posso fazer em depositar essa confiança nas pessoas que estão à frente do Atlético. Portanto, acredito também em Toninho Cerezo, esperando que sua recuperação seja rápida e os acertos finais sejam concluídos com sucesso. O lado bom da história é que o Atlético tem um pé quente danado com profissionais que antes de iniciar um bom trabalho, precisam de um pouco de paciência, aguardando a liberação do DM. Depois disso, só alegria! Que assim seja.


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