Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Fazer e acontecer

27/12/2005


Nesta época de muitas notícias, diversas especulações e várias eleições dentro dos clubes, ouve-se de tudo. É contratação milionária (que geralmente não se concretiza), é reformulação de elenco, é patrocinador multinacional, é lançamento de camisa nova e a nova coqueluche: falar sobre a construção de um CT de primeiro mundo e de um estádio moderno, a tal Arena Multieventos.

Amigo leitor, quantas vezes não ouviu falar que o Corinthians estava construindo, até que enfim, seu próprio estádio? Projetos mirabolantes, compra do Pacaembu, estádio na Rodovia que liga a capital ao interior, estádio até mesmo em outra cidade, e até mesmo o sensacional devaneio alvinegro: o estádio que ficaria embaixo da terra! Sim, um estádio subterrâneo já chegou a ser proposto pelos iluminados corinthianos.

E sobre a reformulação do Parque Antarctica? Desde os tempos da Parmalat ouvia-se dizer muito que o Palestra Itália, de tantas e tantas histórias, seria a primeira obra de engenharia que colocaria o Brasil no mapa dos países com estádios de capacidades um pouco menores, porém mais confortáveis e seguros. Por enquanto só uma reforminha aqui, uma troca de telhado acolá.

E os centros de treinamentos? Os dois grandes gaúchos treinam em campos esburacados ao lado de seus bons estádios, enquanto os times do Rio treinam em seus próprios campos de jogo, visto que só o Vasco é que joga, mesmo de maneira irregular e precária, em São Januário, sua casa. Cruzeiro, Palmeiras e São Paulo já sabem da necessidade de contar com uma boa estrutura física para preparação de seus times, desde a formação até o profissional e têm, ao lado do Furacão, os mais bem equipados centros de treinamento do país. Desnecessário se faz dizer qual é o melhor.

Agora, uma coisa eu quero ver. É derrubar seu próprio estádio e fazer outro, não só fazer outro, mas fazer o melhor. Trocar azulejo, aumentar o lance de arquibancada e colocar guardanapo no pão com bife até os outros times aqui de Curitiba já fizeram ou estão fazendo. Coragem, ousadia e confiança na própria torcida, que abraçou o projeto desde seu início, quando Petraglia, Enio Fornea, Ademir Adur e outros, com as camisas cinzas usadas por Paulo Rink e Oséas, apresentaram o projeto e foram vender cadeiras e camarotes, é que eu quero ver. Esses homens vendiam sonhos desenhados num papel e temos, há quase sete anos, o mais belo, confortável e seguro estádio do país.

E que em breve estará completado, sabe como? Com sua ajuda, com minha ajuda, comprando os pacotes para a temporada. Tem coisas que não têm preço, Baixada completa é uma delas. Te espero no Joaquim Américo.


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