Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Fofoca, conversa de bastidor

21/12/2005


Já contrataram o Muricy, o Cerezo e até um estrangeiro. Todo dia tem treinador novo chegando ao Atlético. Escantearam o Evaristo e empregaram meio mundo no Furacão. Só faltaram o Parreira, o Luxemburgo e o Felipão. O resto estaria na lista do Petraglia. O Atlético é assim mesmo. Na fofoca, conversa de bastidor, Ronaldinho Gaúcho seria o atacante e Dagoberto, o companheiro lá da frente. Meia hora depois a dupla já seria desfeita e o craque da FIFA daria lugar a Robinho, numa transação envolvendo o goleiro Cléber e os direitos federativos de Adriano Gabiru ao Real Madrid.

Essa agitação e empolgação é típica do atleticano. Lembro bem quando o então presidente Hussein Zraik foi ao "Mesa Redonda" anunciar uma grande contratação. Era o zagueiro Camilo, que já tinha defendido o Santos, e estava largado no futebol paulista. Apertado pelo apresentador, Zraik soltou que na realidade o Camilo vinha junto com mais um excelente jogador. No dia seguinte foi apresentado na sede do clube o atacante Paulinho Kobayashi. Antes da divulgação oficial por parte do dirigente, a mesa sugeriu ao telespectador uma penca de atletas. De novo a fofoca, a conversa de bastidor, fazia parte da história do Rubro-Negro.

Com a chegada da atual diretoria, as suposições deixaram de existir. Pelo menos dentro do clube, pois fora alguns veículos continuam a especular. Quem não se lembra da contratação de Batistuta? Edmundo? A volta de Geninho? Teve gente que jurou ver Dunga, o capitão do tetracampeonato, desembarcando no Afonso Pena. O destino? Baixada. Se todo esse pessoal apereceu por aqui, eu esqueci de acompanhá-los no meu time.

Os factóideis criados no período de férias do futebol brasileiro são mais que divertidos. Depois de explicar em três parágrafos que "os problemas para o meio-campo do Atlético vão desaparecer com a contratação do ex-coritibano Alex", a última parte do texto nega toda a informação anterior. "Ele é um grande jogador, mas recebe um salário acima da média para os nossos padrões", diz o presidente.

É isso que move a nação atleticana. Mas quem já acreditou que Camilo e Paulinho Kobayashi seriam as soluções para o elenco de 1995, não custa dar um pouco mais de risada com os diversos craques que vão estampar os noticiários até o começo da temporada de 2006. Sem fofocas, conversa de bastidor, a diretoria faz um grande time. E o melhor: com os pés no chão.


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.