Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Notas e notinhas

13/12/2005


Doeu? Mas nem tanto

Duas doídas. Primeiro a derrocada verde. Só ali por quinta, talvez sexta-feira da semana passada caiu a ficha da coxarada. A dureza da segundona e o medo de ficar por lá alguns anos, não voltando logo como Palmeiras, Botafogo e este ano o Grêmio. E até mesmo o medo, a meu ver exagerado de fazer igual ao Vitória ou Criciúma, indo da Primeira pra Terceira em apenas dois anos. Confesso estar me divertindo.

Cada um tem o que merece!

A outra doída foi a mais do que provável venda do goleiro Diego. Até mesmo o famoso advogado/jornalista que adora falar bem de todos os goleiros, menos de Diego, admitiu semana passada que todos demos uma dimensão muito maior à coisa do que ela realmente tinha.

Diego está indo, assim como um dia se foram Roberto Costa, Rafael (que ainda foi ser campeão e ídolo do rival verde e branco dos calções pretos, meias cinzas e patrocínio vermelho), o queridíssimo da torcida Ricardo Pinto e mais recentemente o maior ganhador de título de toda a história rubro-negra, o Pantera Flávio.

A se lamentar a maneira como ele foi tratado nos últimos tempos e suas declarações de satisfação em ir para um time que detém grande antipatia, que não gratuita, de toda a nação rubro negra. Jogando o que jogou aqui na boa fase, vai ser figura fácil em convocações, por jogar no Rio e no time do coração de Carlos Alberto Parreira.

Boa sorte, muito obrigado, mas que contra nós sua estrela não brilhe!

Juniores

Confesso ter sido engraçado. Foi cômico até entrar no abandonado e sem a menor estrutura “Erton Coelho de Queiroz”, a Vila Olímpica do Boqueirão. Um péssimo gramado, com arquibancadas se desmontando e pedras para todos os lados foi o palco do emocionante jogo da final dos juniores entre Paraná e Atlético.

O rubro-negro mostrou um time melhor, mais coeso e principalmente, mais encorpado fisicamente e empatou, sendo campeão. Mas alguns detalhes me chamaram a atenção.

O treinador paranista passou o tempo todo em pé, á beira do gramado, muitas vezes fora da área técnica, dando showzinho á parte. O habilidoso Tiago Neves, camisa 10 do time das diversas vilas joga muito, mas é marrento, briguento, adora deixar um cotovelo ou um pontapé sobrando. O volante tricolor, acho que se chama Elton é um jogador muito bom, mas não precisava comemorar seu gol, aquele do pênalti inexistente, daquela maneira. Pra que isso, tão novo, com tanto feijão ainda pra comer?

O mesmo se aplica ao artilheiro Schumacher, que foi fazer sinal de silêncio aos torcedores adversários. Provocação gratuita, que poderia sair caro devido a precariedade das instalações e da segurança do campo. Tão novos e tão prepotentes os jogadores de hoje em dia.

Além do mais grande Schumi, pra que pedir silêncio para eles, tão quietos como sempre?

Pacotes e ingressos

Bem resumido, já que este assunto merece destaque especial. Os preços foram majorados e o torcedor continua sendo tratado com uma impessoalidade impressionante. Sinto me mais uma vez apenas um número cercado de cifrões por todos os lados.

Ao menos acabaram com aquela coisa bizarra que era o setor curva, invenção pródiga de um ex-deputado, achando estar fazendo um bem ao povo atleticano. E o parcelamento deveria ser bem maior, pois 1/3 de salário mínimo por mês pesa, e muito ao combalido bolso do povo, quer queira, quer não, o grande público consumidor de futebol em nosso país.

Desafio

Pra mim, o jogo inesquecível do ano foi a vitória sobre o Santos, na Vila famosa com direito a olé pelas quartas-de-final da Libertadores deste ano. Prometo descrever porque e desafio o torcedor da nossa apaixonada torcida rubro-negra a escrever o texto sobre o jogo mais importante, o mais emocionante deste 2005 inesquecível e mandar para o Fala, Atleticano. Vai ser divertido ler seu relato.

ARREMATE

A fé é indivisível.


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