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Jones Rossi
Jones Rossi, 46 anos, é repórter do Jornal da Tarde, em São Paulo, e um dos fundadores do blog De Primeira. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Décima rodada do Campeonato Brasileiro, Atletiba na Arena. A torcida coxa grita: “ão, ão, ão, Segunda Divisão.” Dali em diante tudo seria diferente. O Atlético arrancou e o Coritiba parou. Quem acabou na segundona foram eles. Azar deles. O Atlético deve seguir em frente.
A primeira conseqüência do rebaixamento será o esvaziamento de torcida e de dinheiro do Coritiba. Só de direitos de TV serão sete milhões a menos. E não adianta tentar fazer populismo com preço de ingresso. Apesar de muitos acharem inteligente os baixos preços praticados por Gionédis, o resultado a longo prazo está aí. Rebaixado e, mesmo levando mais gente ao estádio, arrecada menos que o Atlético.
O Bangu do Alto Glória deve ser devidamente esquecido. O Atlético não pode desviar-se de seu objetivo principal, o de ser o maior clube do continente. É lógico que nunca o Atlético terá tanta torcida quanto Flamengo, Corinthians ou Boca Jrs. E nem é preciso. De que adianta o Flamengo ter trinta milhões de torcedores que não investem em seu clube, não compram produtos oficiais, não acompanham o dia-a-dia do time? O principal é ter a maior torcida em Curitiba e aos poucos ganhar terreno no interior, o que já está acontecendo. É esta base fiel que sustenta o time, compra os season tickets e produtos oficiais rubro-negros.
O futebol paranaense mudou. Claro, isso não é de hoje. O Atlético é o maior desde que voltou à Primeira Divisão. O Coritiba tentou acompanhar, mas não teve competência para tanto. Gastou o que não tinha para fazer frente ao Furacão. Entrou em colapso. O Império Alviverde caiu, sem pompa nem circunstância. Virou fumaça da história.
Isso não quer dizer que o Coritiba não possa voltar à Primeira Divisão. Pode ser que volte ano que vem, ou no outro ano. Mas está condenado a ser um coadjuvante no futebol paranaense e mais ainda no brasileiro. Alternará idas e vindas à Série B, ganhará um estadual (talvez da série prata) aqui e ali, talvez um por década. O tempo dos alviverdes já se foi faz tempo. A Série B somente os coloca no seu devido lugar. Adeus, Coxa. Até nunca mais.
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