Bruno Rolim

Bruno Rolim, 42 anos, é bacharel de Turismo e jornalista. Filho de coxas, é a ovelha rubro-negra da família. Descobriu-se atleticano na final do Paranaense 90, com o gol do Berg. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2007.

 

 

A despedida

27/11/2005


É hoje. O Atlético despede-se de seus torcedores naquele que foi o ano mais marcante de sua história. O ano da brilhante (e emocionante) campanha da Libertadores. O ano do estadual conquistado sobre o rival, com o gol final daquele que foi o personagem atleticano de 2005: aquele que veio desacreditado; aquele o qual, no momento de sua contratação, virou motivos de riso frente aos seus rivais; aquele que foi vaiado incessantemente nos seus primeiros jogos; aquele que heroicamente começou a conquistar a torcida, com raça, vontade e gols decisivos. Muitos gols decisivos. Lima foi, entre os muitos personagens do 2005 atleticano, aquele mais marcante. Pois refletiu o que foi o Atlético durante o ano - um início claudicante, para um final consagrador. E, graças aos seus gols e suas jogadas, Lima estará presente no Mundial de Clubes, e espero que brilhe em terras japonesas.

Tivemos muitos personagens: o técnico Casemiro Mior, que, juntamente com outros cinco treinadores, simbolizou as falhas de planejamento no clube durante o ano; o atacante Aloísio, o lateral Marcão e o meia Fabrício, símbolos da superação atleticana na Libertadores; o lateral Jancarlos e os zagueiros Danilo e Paulo André, como esperanças de uma base sólida para 2006; Alan Bahia e sua constância; o bravo Dagoberto, que brigou contra uma grave contusão e outros problemas menores, e teve um 2005 de brilho fugaz - jogou pouco, mas brilhou enquanto esteve em campo; o técnico Evaristo de Macedo, que conseguiu reanimar um grupo que estava estagnado no Brasileiro.

Também tivemos o espetacular colombiano Ferreira, como símbolo de uma política de contratações no exterior. O personagem mais irônico do ano rubro-negro: o pangaré Finazzi. Sim, o pangaré do fanfarrão presidente rival, que preferiu contratar um atacante em fim de carreira, preterindo o artilheiro da Copa do Brasil. O Atlético apostou no dito pangaré. E ele correspondeu plenamente às expectativas. Tivemos a torcida atleticana, que protagonizou a maior viagem de torcedores paranaenses já feita, com 15 mil atleticanos descendo rumo a Porto Alegre, para a final da Libertadores. Enfim, o 2005 do torcedor atleticano foi um ano de muitos altos e alguns baixos.

Vejo com bons olhos o 2006 do Atlético. Além dos personagens acima, teremos outros personagens como o lateral Michel Bastos, que brilhou com a camisa do Figueirense, além de outros bons valores que virão treinar no Caju, e vestir a camisa rubro-negra. Temos um calendário cheio, com a Copa do Brasil, o estadual, o Brasileiro da Série A e a Copa Sul-Americana. Se o Atlético não repetir algumas das falhas de 2005, e estalebecer metas sólidas para o ano, o torcedor rubro-negro tem tudo para comemorar muitas vitórias no próximo ano.

Hoje é dia do torcedor comparecer e aplaudir cada um destes bravos que fizeram do ano atleticano um ano brilhante. E torcer por um 2006 de mais glórias e disputas por títulos.

[b]Só um coice não dói[/b]

Enquanto o pangaré galopa e marca seus gols, o time do presidente fanfarrão empaca na tabela...


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