Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Bate coração

27/11/2005


Não é apenas por querer que meu coração bate muitas vezes acelerado, demais! Bate muitas vezes até sem querer, como se fosse saltar pela boca. E na ânsia de fazê-lo acomodar, silenciar um pouco, me perco e me frustro, na ilusão de poder um dia comandá-lo.

Neste final de semana, não é por desastre dos “outros” que meu coração bate descompassado. Meu coração bate forte, rápido e ansioso pelo Atlético. Só pelo Atlético. Nem por São Caetano, nem por Figueirense, nem pela satisfação e pelo prazer de ver os verdes caminhando, pela última vez, em terras da elite. Bate sim, e como bate forte meu coração pelo Atlético.

Não sei ainda o que acontecerá no último jogo do ano na Baixada. Possivelmente a vitória selará este último episódio do Atlético com sua torcida na bela tarde na Arena, mais uma entre tantas tardes fantásticas que nos fizeram as pessoas mais felizes do mundo. E como bateu meu coração, confesso! Quase se perdeu quando perdemos, perdemos e perdemos no início do campeonato brasileiro. Bateu desconfiado quando empatamos algumas vezes, mas bateu feito um doido quando vencemos, vencemos e vencemos! Quase, mas quase mesmo, por pouco não explodiu nas vitórias na Libertadores da América.

Bate agora esperançoso nos últimos dias do ano. Esperança por perceber um clube estruturado, organizado e sedento por títulos em 2006. Não tenho dúvidas, meu coração vai vibrar com uma grande conquista no próximo ano. Ou mais de uma!

E como é bom ter um coração atleticano! Como é bom “ser” atleticano! Como é gratificante estar em frente à Baixada e saber que ali nasceram muitos sonhos. Ali nasceram muitas e muitas amizades, ali aprendi a crescer, aprendi a vibrar, aprendi a amar e aprendi a ensinar a amar.

Ali, bem ali onde estarei vendo o Atlético de perto pela última vez em 2005, meu coração foi aos poucos aprendendo a acreditar que um sonho sempre se torna realidade quando ele bate por um ideal. Ideal chamado Clube Atlético Paranaense.


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