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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Encantos atleticanos
25/11/2005
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Já leram a entrevista do Dagoberto? Para quem ainda não leu, vale a pena e deixo a sugestão para essa sexta-feira: "Dagoshow versão 2006".
Em um dos trechos da entrevista Dagoberto declara abertamente como seu vínculo com o Atlético aos poucos foi formado e a imensa satisfação em fazer parte da família atleticana: “Eu aprendi com o tempo a gostar do Atlético”, afirmou. Impressionante a capacidade que o Atlético possui na formação destes vínculos afetivos.
Nós, torcedores, também aprendemos a amar o Atlético, mas cada qual de inúmeras maneiras. Alguns já nasceram uniformizados (muitos, aliás...com a porta da maternidade exibindo o belo escudo atleticano), outros crescem com a opção de escolha fornecida carinhosamente pelos pais ou avós, e outros buscam as opções conforme a atualidade ou a tradição da própria família.
O certo é que o Atlético encanta, sempre encantou e cada vez mais acolhe torcedores que aos poucos, naturalmente, caminham para atitudes apaixonantes e práticas de amor ao clube. Não foi de um torcedor e nem de dez que já ouvimos: “Não sei o que acontece, o Atlético mexe comigo e se tornou com o tempo um grande ideal”. Não, não foram poucas vezes que ouvimos isto.
É incrível, mas a atração promovida pelo clube é algo realmente sobrenatural. Por mais que se tente chegar a conclusões ou tentar descobrir os motivos de tamanha emoção e tamanha vontade de estar perto do Atlético, sempre existirá aquela mãe que perguntará ao pai da criança (e vice-versa): “Nossa, o que você fez com esse(a) menino(a)?”. Não, também não temos a resposta. O máximo que fazemos é levar nossos filhos ao estádio, incentivar, e como diz Mário Celso Cunha, jogar sobre a mesa duas camisas e falar: “Toma filho, estou te dando a liberdade de escolher. Uma camisa em listras verticais e uma camisa branca”. Logicamente, ambas do Furacão!
E assim percebemos também que acontece com outras pessoas, mais especificamente aos nossos atletas, por isso citei no início do texto a entrevista de Dagoberto. Assim como ele, outros já sentiram ou sentem a mesma atração pelo Atlético, pessoas que criaram, misteriosamente ou logicamente, alguns vínculos com o rubro-negro e sua fantástica torcida, casos de Ricardo Pinto, Assis, Paulo Rink, Washington, Diego e muitos outros. Gente que se foi, mas que, misteriosamente, continua por aqui! Em especial, até um treinador, quando passa por aqui, não esconde sua satisfação em estar perto da nação atleticana: Geninho, o qual sempre que vem à Baixada é ovacionado e valorizado, não só pela marca que deixou, mas pela excelente pessoa que é.
Assim é o Atlético e seu encanto. Por essas e por outras, Dagoberto, o nosso grande motivo de orgulho e a nossa enorme esperança para o próximo ano, não aprendeu somente a gostar do Atlético: “Eu aprendi a ser um torcedor do Atlético, acima de tudo. Para onde quer que eu vá um dia eu vou estar sempre torcendo pelo Atlético”. O nosso Dagoshow será, sem dúvida, mais um exemplo daqueles que quando se afastam ou vão embora, deixam sempre um pedaço de suas vidas e uma enorme saudade.
Incrível, engraçado, misterioso, estranho, seja qual for o termo utilizado, o encanto atleticano é algo que nunca vamos conseguir explicar com precisão, mas sentir, ah! isso fazemos como ninguém.
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