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Eduardo Aguiar
Eduardo Aguiar, 51 anos, é jornalista e filho de um coxa-branca (ainda bem que existe a Teoria de Darwin, sobre a Evolução das Espécies!). Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2006.
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Um bom exemplo
23/11/2005
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Estou convencido de que ninguém gosta mais do seu time do que o torcedor do Atlético. Anos e anos vão se passando, campeonatos vão sendo disputados, e no final o resumo de sempre: os rubro-negros são os que mais ajudam o clube, conquistando sempre o topo nas médias de renda do campeonato nacional.
Ano passado fomos os primeiros em arrecadação; este ano, estamos em terceiro. E, neste último Brasileirão, só não tivemos também a melhor média de público entre os paranaenses (assim como aconteceu em 2003 e 2004) porque o clube pratica o profissionalismo e recusa-se a dar ingresso por um copo de achocolatado ou um quilo de farinha pinduca, torrada ou branquinha.
Parabéns aos torcedores, que antes reclamavam do alto preço dos ingressos e hoje já assimilaram que um clube, para estar sempre na ponta da tabela, precisa de arrecadação.
Além do mais, todas as pesquisas mostram que a torcida atleticana é a maior em Curitiba e no estado. Por isso, não precisamos provar nada para ninguém.
“Das duas, uma”
Quando a eleição de uma diretoria em um clube torna-se indiferente, das duas, uma: ou quem está no comando do clube está indo bem, e agradando à maioria, ou a coisa está tão preta que ninguém quer assumir.
No caso do Atlético, ainda bem, é pelo primeiro motivo.
Time copeiro
O Atlético parece estar se preparando para entrar o ano com o pé direito, ao contrário do que fez nas últimas temporadas, iniciadas com técnicos desconhecidos, elenco dividido e jogadores ainda por vir. Mas, ao que parece, 2006 será diferente: o esqueleto do time já está definido (Tiago e Diego, Paulo André e Danilo, Jancarlos e Michel Bastos, Alan Bahia, Evandro, Ferreira e Fabrício, Schumacher, Denis Marques e Dagoberto, além do próprio Aloísio).
Será sem dúvida um bom começo de 2006. Mas ainda falta muito para ser um “time copeiro”.
Peguemos como exemplo a campanha do Brasileirão: dos 23 adversários que tivemos de enfrentar em jogos de ida-e-volta, já cruzamos com 21 (contra São Paulo e Paysandu ainda falta realizar uma partida). Destes, se fosse um esquema “mata-mata” como na Copa do Brasil, teríamos eliminado 11 e sairíamos desclassificados em oito confrontos (em outros dois houve o mesmo resultado nas duas partidas e a vaga seria decidida nos pênaltis).
Ou seja, teríamos batido a maioria dos adversários. Mas há que se cuidar: goleadas como as sofridas para o Fluminense e o Goiás nos teriam eliminado. Por isso, as peças de reposição serão tão importantes, tanto na zaga quanto no ataque.
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