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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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Honra e covardia
03/11/2005
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Honra
O Atlético joga hoje, em São Januário, pela honra. Não só a honra no sentido de “vingar” a derrota que nos custou o título no ano passado – mesmo porque uma vitória hoje não trará o título; será uma vitória comum. E é aí que entra a honra: neste tipo de partida, em que o Clube já não busca o título e tampouco uma vaga na Libertadores, é possível avaliar quais jogadores honrarão a camisa atleticana. Ou seja, quais jogadores lutarão em busca de uma vitória, pela rivalidade com o clube carioca e pelo simples desejo de ser sempre vitorioso, independente de colocação ou de premiação.
Espero um jogo bom. O Vasco precisa da vitória e deve sair para o jogo. Com a volta de Jancarlos, o time ganha em produtividade, apesar da ausência de Marcão. Na zaga, Durval terá nova chance de mostrar seu potencial - embora substituir Paulo André, hoje, não seja tarefa para qualquer um. Ferreira, Evandro, Lima e Aloísio terão ótima oportunidade para confirmar a boa fase e para se firmar no time, já que no “quadrado mágico” de Evaristo só existem quatro vagas para pelo menos seis jogadores (Dagoberto e Finazzi).
Covardia
Hoje, os coxas estão mobilizados para enfrentar o Figueirense de Michel Bastos, na briga contra o rebaixamento. A diretoria baixou o ingresso para infames R$ 3,00, e as torcidas organizadas imploram pela presença dos torcedores, querendo ganhar o jogo “na marra”. Mas a motivação da diretoria alviverde e das organizadas contrasta com a passividade do torcedor comum. Nas rodas de amigos, os coxas já admitem o rebaixamento, reconhecendo que será um milagre continuar na primeira divisão. A idéia do descenso já está amadurecida, eles se conformam com isso e até com a permanência do Clube na segunda divisão por muito tempo. Fogem do assunto.
Onde estão os torcedores que, no início do campeonato apostavam no rebaixamento do Atlético? Onde está o "grande e tradicional" Coritiba, outrora presença certa entre a 10ª e 15ª colocação em todo campeonato brasileiro? Onde está a fiel “nação coxa-branca” neste momento? A covardia mostrada pela maior parte dos coxas e só mais uma comprovação sobre qual é a maior e mais fiel torcida do estado.
O jogo de hoje é decisivo. Se o Figueirense confirmar o favoritismo e vencer, deixa o Coritiba com os dois pés na segundona. Se os coxas vencerem, quem sabe se livram do rebaixamento e poderão brincar de primeira divisão por mais algum tempo (embora não incomodem ninguém).
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