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Juliano Ribas
Juliano Ribas de Oliveira, 51 anos, é publicitário e Sócio Furacão. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2007 e depois entre março e junho de 2009.
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O melhor do Paraná, naturalmente
31/10/2005
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Simplesmente os melhores do Paraná. O Atlético ocupa o espaço que lhe pertence. O atual campeão paranaense, o histórico vice-campeão da Libertadores conquista a melhor colocação no Brasileirão entre os times do estado, "ao natural", usando uma expressão do jargão futebolÃstico. Não há surpresa neste acontecimento.
O fato de o Atlético ter sido lanterna durante várias rodadas no inÃcio da competição foi logo, com bom futebol e tranqüilidade, transformado num aborto da natureza. Assim como outros abortos, vimos, são fantasias de quem nunca vivenciou qualquer momento de glória nacionalmente. O entusiasmo era compreensÃvel, mas a grandeza do que se alcançava, discutÃvel. Entendo o frisson da torcida do Paraná "Clubes" com a razoável campanha deste ano. Entendo as loas à s vezes exageradas, até de colunistas conhecidamente atleticanos, ao time do Capanema-GuaÃra-Boqueirão. Nada tem mais encanto do que a surpresa. Terceira, sexta, nona. Colocações inimagináveis para uma agremiação que tradicionalmente briga na rabeira da tabela. E o mais incrÃvel, com um time arrumadinho e bons valores individuais. Causa surpresa até neles mesmos. Em certos casos, histeria e choque.
Chegando ao final do certame, as coisas vão se arrumando e mostrando que, se o futebol é imponderável, se não há verdades absolutas no esporte, há, entretanto, alguma lógica. Mostra que um clube, quando investe seriamente em estrutura fÃsica, no saneamento de dÃvidas, no pagamento religioso de salários, quando dá aos seus atletas a melhor assistência nos campos médico, psicológico e pessoal, este clube conquista a solidez que faz com que as coisas boas não sejam ocasionais. O Atlético ocupa agora o posto de melhor do estado no campeonato com extrema naturalidade. Vencendo três dos quatro "clássicos" disputados. Disputando e focando durante boa parte deste campeonato a Libertadores da América, o torneio mais almejado do continente. Perdendo e ganhando jogadores importantes durante a atual competição.
Temos uma base e vamos para 2006 babando, loucos de vontade de conquistar mais coisas. Sabemos que este é o nosso caminho natural. Assim como o caminho dos outrora rivais seja o de secar loucamente nossas possÃveis conquistas. Continuaremos a saborear o doce mel das grandes disputas, das grandes emoções. Não ficaremos lambuzados no melado como este último adversário, pois sabemos onde podemos chegar e que é natural a nossa grandeza. Temos uma grande torcida, a maior da cidade e do estado e não precisamos do dinheiro de jogos vendidos a torcedores de times paulistas que moram em regiões colonizadas do Paraná. Somos muito mais de um milhão de mentes desejando o máximo que um time pode ter. Quando se deseja muito uma coisa, o universo conspira para que ela aconteça, como diria o "mago" de vendagens de livros. E no Atlético, desde o roupeiro, passando pelas categorias de base, pelos membros da diretoria e indo do mais rico até o mais humilde torcedor, todos desejam e acreditam na grandeza do Atlético. É natural que ela aconteça.
Vasco
É obrigação do Atlético ganhar do Vasco em São Januário. Já está mais do que na hora de ganharmos naquele cortiço com campo de futebol anexo. E que desta vez a comissão técnica leve pés-de-cabra, maçaricos e alicates para estourar os cadeados. Eles não engoliram aquele chocolate de sete gols que demos neles na Arena. Ainda bem que nosso time este ano não tem um frouxo como técnico, como no final de 2004. É ridÃculo que até hoje aconteçam jogos por lá, um campo onde se prega a violência gratuita. O STJD não manda lá. Só obedece.
Dago
Duas grandes injustiças feitas com Dagoshow: o cartão amarelo e o vermelho tomados ontem. É uma vergonha que o Márcio Rezende de Freitas ainda apite. A aposentadoria se faz necessária. No segundo cartão, o paranista deu um carrinho rasante que pegou no tornozelo do Dago. Pênalti claro, não dado. Agora ficamos sem Dagoshow para o jogo no Rio. O que, tendo em vista o valor do atleta, o local do jogo, e a selvageria cultuada por lá, não é de todo ruim. Mas ele fará indiscutÃvel falta, pois é craque de brilho intenso.
Segunda
Entrando na onda do torcedor, faço a pergunta: o jogo do Coritiba "Foot Ball Club" é hoje para eles já irem se acostumando a jogar na segunda?
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