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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Quem não faz, leva
28/10/2005
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A velha máxima do futebol já dizia que quem não faz, leva. Ontem, em Volta Redonda, o Atlético fez uma de suas melhores apresentações fora de casa, talvez a melhor, mas foi goleado pelo Fluminense. Após um primeiro tempo fantástico, com domÃnio total sobre os cariocas, mas uma série de gols perdidos, o Atlético sofreu gols bobos no segundo tempo e desperdiçou a chance de voltar à Libertadores da América. Agora, nos resta jogar as oito partidas derradeiras como laboratório para 2006, mantendo-se entre os 11 primeiros para garantir a vaga na esquisita Copa Sul-Americana do próximo ano.
O Atlético entrou em campo com uma postura ofensiva interessante, dominando as ações no meio de campo e acuando o time da casa em seu campo de defesa. Graças à s boas intervenções do bom goleiro Kleber, o Fluminense mantinha o placar fechado, até que em uma rápida jogada de contra-ataque, Paulo André cortou de cabeça, Lima ajeitou para Evandro e este lançou AloÃsio pela direita. O centroavante rubro-negro carregou e ainda driblou Kleber antes de abrir o marcador. O gol certamente assustaria o Fluminense e abriria espaços para o Atlético contra-atacar e ampliar o marcador. O que não estava previsto era o gol relâmpago de empate. Nas costas de Jancarlos, uma das deficiências do time no primeiro tempo, Juan fez excelente cruzamento para Tiuà cabecear. Desatenção do lateral e de Danilo que abandonou o atacante sozinho dentro da área atleticana.
Nem mesmo o empate abalou o Atlético que continuou melhor em campo e quase marcou o segundo, em linda jogada de Evandro, nas cobranças de escanteio de Jancarlos ou mesmo na cobrança de falta de AloÃsio. Acabado o primeiro tempo, todos ficaram com a sensação de que poderia ter sido melhor. Não a atuação do time, mas o placar. Um pouco mais de capricho e irÃamos para o intervalo vencendo.
No segundo tempo, o Atlético continuou com a posse de bola no campo do adversário, mas perdeu um pouco do ritmo e deixou o Fluminense arriscar-se, ainda que modestamente, no ataque. Em um lance bizarro, sofremos o segundo gol. Ninguém pode ser culpado, pois Alan Bahia cortou o cruzamento e Lima não pode ser responsabilizado pela bola bater em seu pé, quando já saÃa para o contra-ataque. O Furacão ainda buscou o empate, mas a decisão de Evaristo de sacar o Evandro, melhor em campo, para colocar o Denis Marques, em péssima fase, acabou com as pretensões do time. O Fluminense passou a dominar, marcou o terceiro, o quarto e por muito pouco não ampliou.
Enfim, fica a lição de que, fora de casa, todas as chances devem ser aproveitadas. Quando se joga aberto no campo adversário, é necessário matar o jogo, sob o risco de ser impiedosamente goleado, mesmo jogando bem. É uma estratégia, da qual eu gosto, mas extremamente arriscada, principalmente no dia em que os nossos jogadores abusam de perder gols e o goleiro rival está inspirado. Paciência, pois se vencesse o jogo, todos seriam justamente exaltados, mas com a derrota alguns irão buscar culpados, quando na verdade, o Atlético perdeu por ser atrevido, mas pouco eficiente.
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