Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

A última vida para a Libertadores 2006

27/10/2005


Nas minhas colunas procuro ser sempre realista, mas normalmente com uma dose alta de otimismo. Ainda temos chances reais, mesmo que mínimas, de retornar à Libertadores da América em 2006. No entanto, uma análise isenta de paixão aponta que o jogo contra o Fluminense pode ser decisivo para nossas pretensões. O Atlético, infelizmente, luta pela quarta colocação do Brasileiro, ou seja, a última vaga para o principal torneio continental. A vaga da repescagem, mas isso pouco importa no momento.

Explico: o líder Corinthians com 67 pontos ganhos está 19 pontos na frente do Atlético, com o mesmo número de jogos. O Inter, na terceira colocação, soma 59 pontos, mas tem um jogo a menos contra o fraquíssimo Coritiba, no Beira Rio, e deve vencer, indo a 62. O Goiás, atualmente vice-líder, possui 60 pontos e mesmo que caia para a terceira colocação com a subida dos gaúchos, ainda assim está 12 pontos na frente do Atlético. Com o final do campeonato chegando, tirar diferenças como as citadas é praticamente impossível, obra de um milagre. Assim, resta-nos brigar pela quarta vaga, que no momento é ocupada pelo tricolor carioca.

O Fluminense, por sua vez, está oito pontos na frente do Atlético, transformando o duelo de hoje em decisivo. Se o Furacão vencer, diminui a distância para cinco pontos e entra na disputa pela vaga, junto com os próprios cariocas, o Palmeiras, Santos, Paraná e Cruzeiro. Ainda assim seria uma briga acirrada, com seis equipes duelando pela repescagem da Libertadores 2006. Se empatar, continua oito pontos atrás e teríamos a complicada missão de tirar um ponto por jogo até o final do campeonato. Perdendo, na minha ótica, não teríamos mais nenhuma chance de buscar a vaga, pois além de perder a boa seqüência de vitórias, ficaríamos 11 pontos atrás do quarto colocado, com apenas mais oito jogos a fazer.

Portanto, assim como acostumou-se a fazer na Libertadores 2005, hoje o Atlético joga sua vida no campeonato. É vencer ou vencer! Para quem foi lanterna, escalou times reservas e mistos e entrou para valer na disputa apenas na décima segunda rodada não deixa de ser um feito esta oportunidade de já em 2006 voltar à Libertadores. Com Evaristo voltamos a sonhar e espero que este sonho se torne cada vez mais real. O Atlético nunca se encolheu para o Fluminense e não se encolherá hoje à noite, permanecendo com a sua última vida na disputa para a Libertadores, como se o mundo real fosse um jogo de videogame. Boa sorte Atlético, enquanto houver esperança estaremos acreditando!


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